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António José Seguro: "Estou disponível para substituir este governo."
Jornalista: "E como acha que se deve cobrir este buraco de mil milhões de euros?"
Seguro: "Quem arranjou o problema que o resolva."
Um tipo passa uns dias nos EUA, começa a perceber um pouco a cultura americana e como funciona na prática aquele que é provavelmente o melhor sistema de governo à face da Terra, que no seu cerne tem extremistas e radicais ideias “fássistas-ultra-neo-liberais” como o primado do indivíduo, o respeito e a valorização da propriedade privada, a importância das instituições da sociedade civil (o verdadeiro motor dos EUA), o federalismo como forma de difusão de poder e checks and balances que realmente funcionam e quando abre o Facebook e o Google Reader depara com os habituais disparates da paroquial esquerda portuguesa, não evitando perguntar-se como é que Portugal, ou melhor, a III República, com a sua constituição socialista e os 5 principais partidos políticos economicamente socialistas, chegou ao estado a que chegou. Quem os leia/ouça até fica a pensar que o socialismo funciona, que o Cavaquismo/Guterrismo/Socratismo, vulgo cainesianismo tuga, foi uma dádiva divina e não o que nos trouxe à actual situação humilhante – os papões dos mercados é que nos roubaram a soberania apenas porque acordaram para aí virados; nós, pobres coitados, herdeiros e representantes do socialismo/social-democracia, não fizemos nada de mal ao sobre-endividar 4 ou 5 gerações por nascer, por acaso aos mesmos mercados que agora insultamos –, que a União Soviética era uma maravilha e que Cuba, Coreia do Norte ou Venezuela lideram os rankings internacionais de desenvolvimento económico e humano. Enfim, humor involuntário de gente que se leva demasiado a sério, mas que só pode ser levada a brincar.
Horas de masturbação intelectual completamente vazia. E o João Salgueiro a teimar em falar na realidade (deve ser um fascista neo-liberal, só pode). Se isto é uma amostra dos sábios do país, vou mas é para a Suazilândia. De charter. No fundo, o que existe é uma crise de valores, e o que é preciso é um novo paradigma e mudança de mentalidades. Pena que sejam os contribuintes a pagar este serviço público de humoristas involuntários travestidos de sábios, que nos presenteiam com tamanhas descobertas.
Para a posteridade, fica o registo de algumas pérolas:
"As pessoas que têm capacidade de intervenção correspondem ao círculo dos leitores do Expresso" (não me lembro do nome do senhor).
António Nóvoa, num dos programas com mais audiência em Portugal, diz que a exposição pública dos universitários não é fácil.
Eduardo Paz Ferreira, Prof. Catedrático da FDL afirma que não sente legitimidade para criticar os políticos porque não é político, extrapolando para a restante sociedade. E nesta altura pergunto-me onde é que desencantam estas iluminárias? Pior: COMO RAIO É QUE ALGUÉM QUE DIZ ISTO É PROF. CATEDRÁTICO?
Fátima Campos Ferreira: "A Alemanha foram os chico-espertos e nós os otários".
Fátima Campos Ferreira não sabe o que significa falhar. Para ela é o mesmo que não se preocupar. João Salgueiro explica: "falhar implica que tentou e não conseguiu". Fátima faz beicinho.
E a melhor da noite, de Fátima Campos Ferreira: "Senhora Merkel joga dos dois lados" .
Só faltou mesmo o Paulo Futre a dar a receita para sairmos da crise: "Vai vir charters de 400 ou 500 chineses."