Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Durante o peronismo, um mirabolante projecto de desenvolvimento nuclear assustou a comunidade dos Grandes vencedores da II Guerra Mundial. Essencialmente, consistia numa quimera que descendia das experiências que alguns cientistas do III Reich realizaram, procurando dotar a Alemanha com a chamada arma final. Como se concluiu, o projecto "argentino" deu em nada e o elefante branco ainda existe, transformado em ruínas de betão. Um colossal desperdício financeiro que durante algum tempo, serviu perfeitamente como argumento de exaltação patriótica e de chantagem dirigida sobretudo a Washington.
O regime da Coreia do Norte é diferente, porque infinitamente mais mortífero, belicoso e devido à vulgata marxista-leninista do zuchismo, verdadeiramente crente em messianismos personalizados num não menos mítico Grande Líder.
A análise política internacional dos comentadores ocidentais, tende fatalmente para o menosprezo ou appeasement deste tipo de ameaças e o resultado evidenciado pela História, tem comprovado a perfeita validade dissuasora de posições firmes e atempadas por parte de quem de direito na cena internacional: as potências que mantêm o sempre instável equilíbrio e que impedem pela manifestação evidente do poder, aventuras belicistas de expansão.
O lançamento de um míssil intecontinental norte-coreano, poderá fazer parte das habituais fábulas em que o regime de Kim jong-Il é pródigo. No entanto, a simples ameaça da sua existência, consiste na subida de um patamar que ainda há poucos dias se considerava improvável. Com a constante fuga de cérebros, venda de segredos militares e tráfico de tecnologia proveniente de países do antigo bloco soviético, é possível que desta vez, Pyong.Yang fale a verdade. Assim sendo, os EUA e a Rússia deverão agir em conformidade, arrastando fatalmente Pequim para uma atitude que não poderá recusar.