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Do mundo do espectáculo o que seria de esperar? Ilusões certamente. Ricardo Costa põe lugar à disposição. Que simpático, que nobre, que atitude carregada de princípios deontológicos. A administração do Grupo Impresa "obviamente" recusou. Nem valia a pena terem encenado o elogio da ética. Surpreendente e inovador seria Ricardo Costa rejeitar a decisão da administração do Expresso e arrumar a secretária e fazer-se à vida. Assim não passa de algo para inglês e português ver - de uma encenação. Ah, e foi promovido. A confiança no jornalista foi reforçada. Ou muito me engano, ou Balsemão e companhia já contaram as favas e dão como certa a eleição do próximo secretário-geral do Partido Socialista, e um pouquinho mais tarde a eleição do novo primeiro-ministro (ou seja, tudo farão que estiver ao seu alcance jornalístico e televisivo para derrubar Seguro). São "passos em falso" desta natureza que confirmam que a promiscuidade neste país é a norma - o mix de interesses e posições, uma condição permanente onde nada muda nem mudará. A relação de proximidade entre a política, os media, os opinion-makers, os blogs e seus bloggers e já agora a bola, também faz parte da matriz corrosiva, do sistema que está em curto-circuito há muito tempo. Desde sempre, e pelos vistos será para continuar.