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Pedro Afonso, As redes sociais e a cultura da imaturidade:
O Facebook funciona muitas vezes como um enorme “buraco negro” que vai sugando as mentes de muitas pessoas, criando um estado regressivo coletivo. O pensamento para, a introspeção e a autocrítica deixam de existir. Tudo é reativo e instintivo, o hedonismo prevalece e o seguidismo emocional cego surge de forma recorrente e imprevisível. Numa palavra, as emoções dominam o ser humano e surgem dissociadas do pensamento e da inteligência.
Em ambos os exemplos citados anteriormente, há um elemento comum: estamos a assistir à promoção da cultura da imaturidade. Neste contexto, as redes sociais são autênticos “esconderijos emocionais”, pois não estão a favorecer propriamente o conhecimento, a reflexão, a prudência e o autocontrolo. Existe uma exaltação febril da impulsividade, da superficialidade, da expressão de sentimentos e comportamentos mais primitivos, como a violência e os julgamentos sumários das pessoas. Estas características são imaturas, primárias e revelam uma reduzida inteligência emocional.
Estou aqui a ouvir Marques Mendes a criticar António José Seguro por se rodear de gente muito jovem, que é, segundo o comentador, imatura. E não é raro ouvir-se o mesmo a outros comentadores para criticar o actual governo. Entretanto estava aqui a pensar no que deu sermos governados por gente madura e crescida e recordei-me que fomos à falência 3 vezes em 30 anos (uma delas espoletou a actual intervenção da troika, para os que não se recordam).