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Exposição Restaurar Portugal

por Pedro Quartin Graça, em 01.11.13

No âmbito das comemorações do Dia da Independência, irá ser inaugurada a maior exposição Ruin'Arte jamais feita na cidade capital...
O evento terá lugar na sede da SHIP - Sociedade Histórica da Independência de Portugal, no Largo de S. Domingos 11 (ao lado do Teatro D. Maria II), dia 7, 5ª feira, pelas 17.30h.
A colecção renovada foi impressa em papel Hahnemühle Fine Art, garantindo a cada imagem uma longevidade superior aos edifícios retratados e dando ainda mais impacto a este espólio fotográfico. A genialidade de Gastão Brito e Silva ao serviço de uma causa nacional.  A não perder.

publicado às 22:22

A calculadora de Freitas do Amaral

por John Wolf, em 06.06.13

Estou a perceber o que diz Freitas do Amaral, mas não posso deixar de reparar numa certa contradição de natureza política e conceptual. Diz ele que "a independência nacional está em causa", mas que as eleições devem ser convocadas depois das eleições alemãs. Estão a ver o mesmo que eu? Se as decisões nacionais estão dependentes das decisões tomadas na Alemanha, então Portugal já perdeu a sua independência. Está a mercê do destino dos outros e deixa de ter o seu próprio presente. Se é necessário esperar para que a política alemã mude, para acertar na terminação certa, significa que o ex-lider político assemelha-se àqueles selecionadores nacionais que sacam a calculadora do bolso e começam a fazer contas à vida. Portugal já não pode ir a reboque de comentadores de bancada. Não estamos a jogar a feijões. Estamos sob o jugo alemão e sabemos que a táctica de jogar à defesa dá mau resultado. Se esperamos pelos germânicos, porque não esperar pelos turcos ou pelos auturcos, perdão, autarcas. No meu entender, Freitas do Amaral não acertou o relógio. Está sob o efeito de um jet lag político, de uma viagem atrasada por hipotéticos cenários. Portugal já não pode esperar sentado pelo fecho das urnas da região da Baviera. Portugal já vive o efeito de um halo, de um ralo alemão. A receita a aplicar tem de ser um tout-court - é para ontem. Caso se tenha de pedir um segundo resgate? Se Freitas do Amaral atira esta possibilidade ao ar significa que ele sabe muito bem da sua inevitabilidade, que não há volta a dar. Se ele entende a independência nacional enquanto jurisdição territorial e cultural, eu diria que a mesma não está em causa. Quanto à independência económica e financeira, essa parece estar comprometida. Esperar pelas eleições na Alemanha é assinar a rescisão de contrato da independência portuguesa. Portugal encontra-se além do redline e o motor está a gripar. Que fique bem claro; as eleições alemãs servem para salvar aquele país. As eleições na Alemanha dizem respeito ao seu interesse nacional. Por vezes não acredito na ingenuidade de certos indivíduos que já estiveram no topo do mundo das nações unidas. Um posto a partir do qual se deveria observar com maior nitidez a linha do horizonte. Está um dia cinzento em Portugal. Os meses que se seguem não serão muito diferentes. 

publicado às 12:00

Comemorações do 1º de Dezembro em Lisboa

por João Quaresma, em 01.12.12


publicado às 02:00

publicado às 01:42

Parece que conseguimos: 5 de Outubro, fora!

por Nuno Castelo-Branco, em 16.11.11

Abolir o feriado da Restauração num momento em que somos governados pelo Conselho de Portugal - a troika -, é um erro.

 

Portugal é um dos poucos países do mundo que não tem como dia nacional, o da sua independência. O 10 de Junho parece seguir o pressuposto secundo-republicano salazarista da "conciliação" entre monárquicos e republicanos, apresentando o "dia de Camões" como o necessário consenso que torna mornas, as outrora caudalosas águas da questão do regime. O pior é que à beira do estuário, deu-se um súbito refluxo da corrente.

 

Pois é isto mesmo que salta à vista. O 5 de Outubro é escarnecido como coisa sem préstimo, quando na realidade, se enquadrado por uma verdade histórica bem mais importante que um tolo bambúrrio de patifes, representasse a data primeira na contagem de séculos que já vivemos como Estado soberano, aliás em perigo de extinção prematura. É quanto muito, o derradeiro dia de ida à praia.

 

Os donos do território a que hoje se chama "país" e que até há cem anos era simplesmente conhecido como Portugal, já consideram terem perdido a sua feriazita de início de Outono. O "dia da República" parece subir em espiral gasosa, para sempre se volatilizando da memória, "colectiva" - de colher - como convém. 

 

Quanto à claríssima "moeda de troca" política que é o feriado do 1º de Dezembro, notemos apenas uns tantos factos, sobressaindo o clássico protesto do "mundo de negócios" espanhol refastelado em Portugal e que se insurge contra este pretenso insulto a Espanha. O verdadeiro insulto provirá daqueles vinhoso hálitos de Rioja de rasquíssima qualidade, pois barafustarem em terra alheia contra o direito de liberdade das gentes locais, é já coisa do domínio do insólito, como se  uma composição de Beethoven fosse acompanhada por ritmados clapa-clapes de mãos e sonoros ais de dançarinos de flamenco. Compreende-se a insistência dos "amigos de António Reis", sabendo-se como os republicanos sempre foram iberistas, chucha que lhes vem do primeiro e  privilegiado berço de pantagruélica casta.

 

Se os nossos leitores repararem em algumas coincidências, o 1º de Dezembro serviu para a cerimónia de assinatura do aborto imperial que se denomina de Tratado de Lisboa, coisa tão efémera como a herança peninsular do também prematuramente defunto príncipe D. Miguel da Paz. A data do 1º de Dezembro, além de significar o dia mais importante da nossa História, representou o fracasso de um projecto de criação de um potentado com sonhos de domínio mundial que tendo origem na Europa Central, depressa se estendeu ao sul da bota italiana, terras de Espanha e às costas do Mar do Norte. Conhecemos bem esse A.E.I.O.U., hoje de mais prussiana pronúncia.

 

Além de ser o dia da nossa segunda independência, aí está uma das razões do ruminante pavor que o 1º de Dezembro significa para alguns beneficiários dos "direitos adquiridos" do regime dos panças. Não têm emenda, mas todos os topam a anos-luz.

publicado às 22:20

A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa

por Nuno Castelo-Branco, em 25.07.08

 

Creio ser já uma trivialidade o recurso ao repensar daquilo que deverá ser no futuro a CPLP. Esta entidade já existe há muitos anos e a sua finalidade parece ser clara e simples de entender para qualquer curioso. Dada a dispersão intercontinental ditada por uma história comum e susceptível de ser reivindicada por todos, a CPLP deve ser um polo de colaboração nos mais diversos aspectos da vida dos Estados, desde a defesa e promoção do património linguístico - a isso não se podendo resumir sob pena de se transformar numa mera Academia inter-estatal -, à colaboração no campo da intervenção social, cooperação militar, etc. Parece simples? Não é, pois sendo a pátria mãe um país de escassos recursos materiais e demográficos, competiria ao Brasil a direcção de facto da Comunidade. Ora, o Brasil não parece muito interessado neste investimento, pois a evolução tendente e natural da sua afirmação como grande potencial regional com voz sonante no mundo, impele-o para o estreitamento de relações com o seu eterno rival do norte, os EUA. Contudo, o interesse que o português tem despertado em algumas zonas económicas emergentes, como a China, poderá levar Brasília a repensar nas vantagens decorrentes da existência de uma instituição que integra um membro da UE, uma potência regional de uma certa dimensão - Angola - e outros Estados onde as matérias primas parecem abundar e servir de móbil para investimentos europeus, americanos e asiáticos.

 

A CPLP é útil e uma oportunidade única. O governo bem anda ao tentar - já atrasado, é verdade - diversificar a economia, retrocedendo na péssima aposta total na Europa, ou pior ainda, em Espanha. Aquilo que os herdeiros de 1910 tanto criticaram à Monarchia - a submissão económica ao Reino Unido -, faz este regime de uma forma absolutamente inepta, inconsciente e lesiva dos interesses da manutenção da independência nacional. Bem faz Sócrates em visitar Chávez, Lula ou os semi-ditadores do leste europeu. A realpolitik impõe-se, porque tal como a diplomacia, a economia é a prossecução da guerra por outras formas. O velho projecto de D. Carlos I e de João Franco, tendente à colocação de Portugal à disposição do Brasil como entreposto das suas mercadorias na Europa, deverá ser novamente estudado, porque nós também somos, cada vez mais, Brasil. A crescente presença de brasileiros no nosso território, é a prova disso mesmo e contrariamente a muitas outras comunidades, pretendem criar raízes e reivindicar também, a sua pertença a uma lusitanidade que jamais renegaram. 

 

Fala-se na extensão da CPLP, à Guiné-Equatorial, ao antigo Estado da Índia, à Galiza e à Ucrânia. Que sejam bem-vindos, não estamos em tempos propícios à mesquinhez ou falta de visão. 

publicado às 13:21






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