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Estamos sob a égide de algo ruim. Um cocktail de conseqências nefastas, de efeitos secundários que destroem a alma, uma overdose de disparates sem antídotos. Uma sopa de dislates que intoxica, que gera náuseas. A voz concedida à farsa que nunca foi falsa - uma mala de verniz e um cão de uma fila defendido pela cólera, a coleira que nos esgana. Serão estes os efeitos secundários da sombra? A futilidade levada ao extremo de um desejo suicidário canino? O dente plantado debaixo da almofada que embala os pesadelos? Uma pobre coitada equivocada pela marca global e que deseja sorte, imensa sorte. A refutação in loco da própria demência? A defesa do último bastião da inocência? Chegamos em cima da hora, montados num burro, perto do fim que anda às voltas da nora sem acalentar esperança. Os sintomas já ocuparam as cadeiras de um auditório repleto de assentos e prejuízos. São notas avulso com escritos e números, para que alguém telefone para a emergência, para nos levarem daqui para fora. Para nos levarem estendidos pela catadupa de mocadas. Uma benção lixada que nos engasga. E a imunidade levou para longe a madrinha, a fada do lar que vasculhou anos a fio no lixo. Ruminamos, mas já não sabemos vomitar.
Lá, como por cá, o desemprego faz-se sentir. Em Portugal, com tanta ratazana que por aí vai, o exemplo dos matadores de ratos de Bombaim, Índia, promete vingar e não será por falta de "material" que não tem sucesso. São lugares disputados, pese embora as muito difíceis condições de exercício da profissão e a elevada exigência diária de, pelos menos, 30 por noite. Se o ministro Álvaro se entusiasma, os índices de desemprego prometem, por fim, baixar.