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Oeiras, capital da ética

por John Wolf, em 03.10.17

 

E já agora, se um pederasta, pedófilo condenado e com sentença cumprida, fosse nomeado como presidente de uma comissão de protecção de menores? No comments.

publicado às 07:16

Coligação Valentim-Isaltino-Sócrates

por John Wolf, em 29.08.17

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Estou preocupado com o futuro político do escritor José Sócrates. Isaltino Morais e Valentim Loureiro já lhe passaram a perna. Estão lançados na corrida autárquica com o beneplácito do povo, mas não escreveram obras nem defenderam teses de mestrado. Sócrates pertence às elites do desenho técnico de Castelo-Branco, e o salto a Paris deve ser encarado com naturalidade - estava escrito. Contudo, devemos levar em conta certos espinhos de rosa. O Partido Socialista de António Costa nem serve para montar uma estufa para o cultivo de tomate - há, mas nem sequer são verdes. Sócrates é, nessa medida, um homem livre, disponível para transferências, quiçá no mercado de autárquicas. Bem sei que chega tarde, mas à falta de cão caçará com gato. Ou seja, não prevejo um regresso à política pela porta grande do Rato. O carimbo de aprovação do bom filho que a casa torna não será esmurrado no certificado de retorno. Por outras palavras, com outro livro a bombar, não tarda nada, Sócrates deve replicar as congéneres de Gondomar e Oeiras. Deve transformar os onze meses de prisão política em força mandeliana. Quando menos esperarmos, Sócrates lançará o seu míssil para um mar de possibilidades efectivas. Um povo que leva em ombros os seus detractores, não sabe cortar orelhas a quem tem muita lábia de mercador. As autarquias terão o que merecem. Venha de lá mais um comprador de livros por atacado. Sócrates nem precisa de tomar notas. É só imitar o Tino ou o Valentim.

publicado às 13:29

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Quando a falência ética é total, devemos esperar tudo e mais alguma coisa. O Isaltino Morais sente uma pressão enorme da sua igreja de seguidores - aqueles que acreditam na máxima "roubou, mas deixou obra". É essa mesma inspiração que sustenta o outro que é Major e o outro que é Miranda. Sentem a ternura do povo, o apelo da missão a cumprir, mas sobretudo a grande injustiça de que foram alvos. Querem provar que estão vivos e são recomendáveis. Esta linha de reflexão filosófica ainda há-de ser aproveitada pelo guru maior. Daqui a nada, Sócrates que tem sido tão maltratado por Costa, anunciará uma candidatura num daqueles épicos almoços com direito a livro inventado na calha de uma choldra. Ora pensem lá comigo. Se fossem Sócrates começavam em que local? Isso mesmo. Lá para os lados da Covilhã onde andou a esquissar armazéns e garagens em estiradores de betão. O 44 têm andado nos treinos, mas não julguem que é para aquecer apenas. Vai sair qualquer coisa de calibre notável - umas autárquicas devem ter a medida certa para as suas primeiras ambições. E não será pela porta do Rato. O Soares andou a apaparicar o menino, mas no crepúsculo da sua vida ainda há-de ver Sócrates tornar-se inimigo visceral dos socialistas da moda. Valentim, Morais e Miranda são os magos. E Sócrates é o menino que está para renascer.

publicado às 08:48

Mercado de falências éticas

por John Wolf, em 24.09.16

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O mercado de falências éticas não está fechado. Aliás, nunca fechou. É um centro comercial aberto 24 sobre 24 horas. O mais difícil é chegar a um preço justo, dados os valores em causa. Quanto vale meia dúzia de homenagens a Sócrates? Será que se podem trocar duas por uma nomeação quente na Goldman Sachs? E os Isaltinos podem ser transaccionados no mercado secundário? Não existe uma entidade reguladora para estabelecer as paridades? Dois Cadilhes por uma Felgueiras? Uma antiguidade Oliveira e Costa por um Pedroso restaurado? Um SISA Vitorino por um terço de BPN Rendeiro? Acho vergonhoso que não exista um supervisor que ponha cobro a este mercado negro. Já agora quanto rende um Carlos Alexandre? Meio Pinto Monteiro? Ou três paletes de Procuradores da República? Será que cabe tudo numa caixa geral?

 

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publicado às 10:36

Perdão da dúvida

por John Wolf, em 03.10.13

Temos de admitir que existe uma certa ironia no derradeiro anúncio da Autoridade Tributária (AT). O aparelho fiscal quer dar o exemplo à FMI, e demonstrar que é possível perdoar a dívida para recuperar uma parte daquilo que era considerado totalmente perdido. Ao perdoar a dívida dos contribuintes portugueses ao fisco, os responsáveis pelas finanças nacionais piscam o olho aos credores internacionais. Como se utilizassem linguagem gestual para sugerir um perdão de dívida a Portugal. Talvez a troika e os cobradores do FMI estejam a ver e aprendam como se faz. A derradeira oportunidade fiscal, que funciona como um indulto antecipado (já é Natal?), é uma forma de escapar aos insultos das vítimas da austeridade e à perda total das quantias em causa. A Autoridade Tributária que tem sido o alvo de grande parte da ira colectiva, quer mostrar o seu lado samaritano, o seu espírito Quaker, e alterar a sua péssima imagem. Essencialmente, deseja matar dois coelhos com uma cajadada. Ou seja, recuperar algum do carcanhol e afastar a terrível fama de monstro papão. O problema desta solução, na minha taxativa opinião, é validar a tése do Isaltino - o crime compensa. Aqueles que fugiram ao fisco anos a fio, de um modo sistemático e não por questões de sobrevivência, acabam por ser premiados. E dirão: "estás a ver, afinal safei-me". A administração tributária, cheia de falsas intenções monetárias, cria um dilema moral. Divide o país entre cumpridores e prevaricadores. Valida uma matriz moral duvidosa pouco ou muito católica, conforme a missa. Confessai a sua dívida, que tereis lugar no céu dos pagadores. Quanto àqueles que durante toda a sua vida laboral foram correctos, e pagaram pela sua Segurança Social e a dos outros, que forma de justiça poderá ser concedida? Ou será que por terem sido cidadãos exemplares se encontram além da possibilidade de salvação? A única coisa que parece interessar ao governo é a receita fiscal - sacada a bem ou a mal. Não existe nada de grandiloquente nem de extraordinário neste gesto fiscal. O que está em causa é o crédito junto de certas instituições da União Europeia. Se algumas das metas não forem cumpridas, dinheiro fresco não entrará tão facilmente em Portugal e nas quantidades requeridas. A cada dia que passa, e à medida que o círculo dos compromissos orçamentais aperta, a administração central fará uso de todo o tipo de engodos para apanhar o mexilhão. O problema é que o polvo continua à solta (o de Oeiras? esse é peixe miúdo e já está dentro - queima jornais) como se nada tivesse a ver com os rombos e os assaltos aos cofres do Estado. Falo da rede que não foi lançada para apanhar os grandalhões; as divídas do BPN, do Banco Privado, de Oliveira e Costa e outros que tais. Esses e os demais que integram uma extensa lista de convidados de honra já foram perdoados. Se eu fosse devedor teria algum cuidado com estes cavalos de Tróia. Eu bem sei que a cavalo dado não se olha ao dente, mas essa parece ser a máxima lá para os lados das finanças. O que interessa é entrar. O resto são detalhes de carácter, corredores inúteis - que se lixem os valores que ainda sustentam algumas casas portuguesas, alguns indivíduos honrados. 

publicado às 21:17

Pois sim, mas fez!

por Nuno Castelo-Branco, em 18.09.13

Não moro nem voto em nenhuma das freguesias de Oeiras, local da residência dos meus pais. Esta manhã, diante do café Vera Cruz em Caxias, fui abordado por um grupo de apoiantes do candidato - e ainda presidente em exercício - à Câmara Municipal. Nem sequer lhes dei a oportunidade de tecerem grandes considerações a respeito do programa de Paulo Vistas. Ele beneficia do legado do seu antecessor e os seus militantes ficaram agradavelmente surpreendidos quando peremptoriamente lhes declarei que dado o actual estado da capital portuguesa, gostava de ter tido Isaltino Morais como presidente da Câmara Municipal de Lisboa. Sabendo-se tudo aquilo que se lhe aponta - e em parte se comprovou -, o seu trabalho à frente da edilidade com sede na antiga  propriedade de Sebastião José de Carvalho e Melo, é de molde a merecer algum respeito. Ruas limpas, passeios e jardins cuidados, bairros sociais impecáveis, atenção à chamada terceira idade, actividades culturais, polos empresariais, interesse pelo património, defesa dos animais. Com o que temos desde há décadas sofrido em Lisboa - assumida destruição patrimonial, negócios esquisitíssimos e sem eco mediático, amiguismo em certos gabinetes, betoneirismo, lixo a céu aberto, fachadismo assumido em múltiplos sectores -, creio ser Oeiras um caso bem distinto.

 

Alguns dirão: ...Aaaah, ele é isto e mais aquilo, fez aquilo e aqueloutro! Bem sei, pode até ser verdade, mas conhecendo-se o que se tem passado em Lisboa, nem sequer hesitaria por um segundo. Como há uns anos até o Otelo dizia, ..."mas faz!"

 

Não, nem sequer proporcionei qualquer conversa "moita-carrasco" a respeito do transumante recentemente chegado à lide eleitoral. Andar de avental fora da cozinha já me parece coisa anacrónica e perfeitamente escusada, mas ser retinta e escandalosamente republicano, isso já é algo que de forma alguma engulo.

 

E lá vai a minha querida mãezinha votar em Paulo Vistas*. No domingo eleitoral, lá estarei em sua casa para a conduzir ao local onde votará. Caciquismo meu fora de qualquer cogitação, claro está. É mesmo só "para chatear". 

 

* Não conheço Paulo Vistas. Nunca o vi nem mais magro, nem mais gordo. 

publicado às 17:28

Isaltinices

por João Pinto Bastos, em 13.08.13

Conhecem Wesley Snipes? Estou certo que sim. Pois bem, o actor em questão foi preso há algum tempo atrás por um delito de evasão fiscal. Acatou a decisão da Justiça americana, e cumpriu a pena de prisão a que foi condenado. Durante esse interregno, Snipes foi repetidamente convidado para contracenar em alguns projectos cinematográficos. Obviamente, esses convites foram rejeitados, em virtude do cativeiro atrás referido. Comparem, agora, a situação de Snipes com a de Isaltino. Vejam a gritante diferença entre um astro de Hollywood, mundialmente conhecido e reconhecido - não sou um grande fã, diga-se de passagem -, que respeita escrupulosamente a decisão da Justiça, e um político fraco e amoral, adepto incondicional do esquemismo serôdio, que, mesmo estando preso e recluído, acede aos apelos ridículos dos seus sequazes, e avança para uma candidatura autárquica. As diferenças são notórias, e começam, em primeiro lugar, na própria noção que nós, portugueses, damos ao significado de "viver em comunidade". A virtude, apanágio das repúblicas sãs, não é, de facto, um privilégio deste regime.

publicado às 17:45

De como Portugal se transformou numa cloaca abjecta

por João Pinto Bastos, em 13.08.13

Há notícias que, tendo em conta os intervenientes envolvidos, não me causam o menor pasmo. Como é possível que um indivíduo sumamente condenado a uma pena de prisão, a qual encontra-se, presentemente, a ser executada, tenha a distinta lata de se candidatar à presidência da Assembleia Municipal de um determinado município? Possível é, pois a desvergonha não conhece limites, sobretudo quando estão em causa personalidades sem nenhum arraigo moral. Mas a possibilidade de tal comportamento não apaga a conivência do regime com estas práticas sevandijas. Por este andar, ainda assistiremos a uma candidatura de Vale e Azevedo à presidência da Câmara de Gondomar, numa lista patrocinada por Valentim Loureiro. Cada vez mais me convenço que as nossas elites querem tornar Portugal nas Honduras europeias. 

publicado às 16:58






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