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Sou um economista da treta

por John Wolf, em 18.10.16

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Não sou economista. Fiz uma cadeira do curso no Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) - a casa-mãe-fornecedora de uma grande leva de economistas-socialistas - pensem Constâncio. Curiosamente, a única cadeira que completei antes de mudar de curso (para Relações Internacionais) era considerada um bico de obra: Estatística (I). Ou seja, sou a última pessoa à face da terra para oferecer modelos de salvação económica, seja de inspiração Chicagiana, ou seja com o sopro bafejado por Hayek. Em termos de mercado, posiciono-me do lado da oferta de perguntas, esperando que os técnicos de serviço possam procurar e conceder a resposta. O Governo de inspiração orçamental afirma que todos os pressupostos de aprovação do mesmo foram apresentados nesse mesmo documento. A minha pergunta é simples: quanto custa? Qual o custo de oportunidade de cada empregado? E qual o rendimento marginal de cada pensionista? Eu sei, eu sei. Depende de muita coisa. Blá blá blá, blá blá blá. Então simplifiquemos. Nesse caso, peço apenas uns rácios (sim, de racionalidade). Qual a relação entre a colecta de impostos e a geração de emprego? Em que medida as receitas fiscais impactarão a procura de emprego? De que modo os fundos provenientes do imposto sobre valores patrimoniais acima dos 600 mil euros contribuem para a dinamização de empresas? Talvez esteja a perguntar aos cientistas errados. Estas questões de linearidade talvez pertençam a outro domínio de pensamento directo. Cada vez que emitem uma nova guia de remessas tributárias atravessa-se-me pelo espírito uma sensação estranha - de vazio comportamental. Ninguém me conseguiu explicar cabalmente as ligações sinápticas entre uma coisa e outra. A gordura que sai do pêlo de cada um vai exactamente para onde? Para um aterro de margens de erro? Os economistas-políticos, ou o contrário, são uma espécie perigosa. São experimentalistas com cobaias avulso. Prefiro uma estirpe distinta. Os puros. Aqueles que pensam e dissecam, mas não se pôem a inventar soluções governativas à custa do freguês.

publicado às 10:29

Momento Rangel de Centeno

por John Wolf, em 31.08.15

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Mário Centeno também quis ter o seu momento Rangel. O putativo mestre das finanças do Partido Socialista congratula os portugueses pelos indicadores respeitantes ao desemprego - foram os trabalhadores e os empresários que melhoraram os indicadores, e não o governo. Podemos deduzir, por esta lógica da batata, que qualquer governo é dispensável, incluindo um eventual executivo de matriz socialista. Não fica bem a um pseudo-político não dar o braço a torcer. Vá lá, pelo menos o principezinho não afirmou que os números do Instituto Nacional de Estatística só foram possíveis porque a coligação PSD-CDS está no poder. E sabemos porque não o diz. Aquele instituto está carregado de camaradas socialistas, matemáticos caídos em desuso na disciplina de economia, ou que findaram as sabáticas no Instituto Superior de Economia e Gestão. Ah, já agora, passei por essa escola, mas apenas fiz uma cadeira antes de mudar de curso: estatística. O professor era simpático, mas fumava em cadeia. Na sala de aula.

publicado às 17:14






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