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Montaigne, Of Solitude:
«It is not that the wise man cannot live anywhere content, yes, and alone in a palace crowd; but if he has the choice, says he, he will flee even the sight of a throng. He will endure it, if need be, but if it is up to him, he will choose solitude. He does not feel sufficiently rid of vices if he must still contend with those of other men.»
João Gonçalves, Libertem-se do jargão:
«Recusar o jargão, a vasta escola do ressentimento e, sobretudo, não lamber as patas à referida matilha tem como preço o isolamento. Em certo sentido, acaba por ser um triunfo sobre uma visão shallow da existência que é aquela que ressuma do muito que nos chega pelas vias "normais" da comunicação social e cultural. Porque estas vias só dão a ver ou a ler o que querem dar a ver ou a ler, em suma, o jargão do "meio". Expressões como "experiência" ou "referência", neste contexto, não passam de mistificações grotescas. É caso para recomendar a estes prosélitos que se imaginam sublimes e donos da opinião pública: libertem-se do jargão.»
"Como ali disse, «estamos a viver tempos que convidam a que nos "fechemos" dentro de um livro. Não é, pois, por acaso que têm aparecido alguns neste blogue. Essa capacidade de isolamento, essa barreira prodigiosa contra a tagarelice, esse momento único de redescrição do mundo que a leitura ou a música conferem, foi descrita de forma lapidar por George Steiner num intitulado No castelo do Barba Azul - algumas notas para a redefinição de cultura, traduzido pela Relógio D'Água: «os livros bem-amados são a sociedade necessária e suficiente do indivíduo que lê a sós.»"