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só para ter o prazer de a ouvir, ao vivo, todos os dias. Era pequena, fiquei impressionada.
Outra versão de uma canção eterna, muito ligada à Estação preferida, e com aquele q. b. de melancolia que não é só nossa...
o « Grande Mês » de que me falava Odette de Saint Maurice, e o mês a que me acostumei viver na infância e na adolescência.
Mas como quase sempre, não há bela sem senão; acabo de saborear o último pêssego da temporada - até ao Junho próximo, só se for de estufa, plástico, portanto... Acabou a fruta de Verão; colher um abrunho ou um figo da árvore...Só em doce, se nos dedicámos à feitura das aconchegantes compotas...
maduras que estão as uvas, entre parras que vão do verde, ainda, ao amarelo e vermelho, que o Outono está deslumbrante, e esplendorosas as cores que vai plantando.
Amanhã, depois de sairem das fábricas, os homens vão começar a soltar o grito de " torna ", sinal para que as mulheres despejem os cestos cheios nos tractores, que hão-de levar os cachos assim colhidos aos lagares domésticos ou do vizinho que foram ajudar. Para a semana, trocam de posição, e os que vão amanhã ajudar passam a ser os ajudados, naquele espírito de entreajuda, que implica como única paga as refeições durante o fim-de-semana, o tempo que normalmente dura a vindima.
E, inevitavelmente, vêm à memória os dias depois, em que, na infância -porque o processo de espremer o sumo é outro já - entrávamos no lagar de granito, lavados os pés em baldes com água bem quente, para pisar os bagos brancos ou negros. A festa começava então, com cantorias, ao som do sempre presente cavaquinho.