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«Acho que logo à noite não vou conseguir dormir, tal é a excitação pela greve geral de amanhã. Este país é o máximo! Andou seis anos e meio a balbuciar umas coisas contra o anterior executivo, fez orelhas moucas aos fortíssimos indícios de corrupção em larga escala no caso Freeport, encolheu os ombros perante a ordem de destruição de provas materiais no caso Face Oculta, marimbou-se para o aumento brutal de encargos para o estado com a nacionalização do BPN, o maior viveiro de desfalques de que há memória no historial português que, como se sabe, é vastíssimo, assobiou para o lado enquanto se inauguravam institutos e fundações estatais aos milhares, desvaneceu-se com as parcerias público-privadas, e agora, passados apenas cinco meses sobre a entrada em funções do novo governo, saído do resultado das últimas eleições, despreza as tentativas de regeneração de que parece dar mostras e anda numa roda viva a culpá-lo por esta situação catastrófica em que nos encontramos, a insultar os seus ministros e ministras, fazendo-se acompanhar nesta vozearia por um inimputável, que devia estar encarcerado, e um taberneiro, que devia estar a aviar copos de tinto. Que bom que vai ser amanhã! Que novidade, que luta, que supremíssima merda que não há quem lhe ponha um termo!»