Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Um gajo vai a Lisboa e não há trânsito para lado algum, é uma coincidência urbana por contraponto à coincidência cósmica, como a BBC News chamou hoje ao facto - consubstanciado por mil feridos e uma fábrica de zinco feita em cacos - de chover ferro e fogo sobre a estepe no mesmo dia em que um asteróide vem perturbar a apanha da conquilha.
Por outro lado eu tenho melhorado muito da apneia, desde que me comparo, e meus caros o efeito placebo que isto faz num homem, com o pessoal que engole patranhas atrás de patranhas, vindas desses favos de merda que são os partidos, pela promessa de um Eldorado para bufos, chibos, mainatos e amanuenses qualificados com uma costela ligada a uma corporação qualquer.
Já sabe melhor conduzir como Deus ordena, enfiar a viatura onde mais ninguém vai senão @s agrilhoad@s d@s Conservatóri@s e Observatóri@s, com a arroba no ego e o freio nos dentes, ingerir gorduras, sal e álcool enquanto se fuma e rasga a factura, e sair da entrevada metrópole conforme nela se entrou, como se atravessasse em picossegundos um qualquer lugarejo no mais ermo tundral da Samilândia.
Afinal sempre há vida para além da FNAC, ó urbanitas, ó hipsters. Na melhor província cai a nódoa, e bem férrea pode ela ser um destes dias, mais depressa do que poderíeis dizer "ai o meu ipad, ó su, tens rede?".
Viva Goscinny, viva Uderzo, e por Toutatis, bom fim-de-semana. Eu vou-me para 48 horas de boot camp auto-imposto e bem hajam.
Adenda: desculpem lá mas não resisto, vi agora que andam aí a roubar hóstias. Urge das duas uma, banir o roubo da hóstia ou legislar no sentido de não poder emergir um mercado selvático-anarca em torno dela, que é como quem diz regular o teor de farinha no ritual. Belzebu, perdão, o Estado nos livre de ofertar galinhas ao maléfico sem certificação prévia nem presença de um agente habilitado.
Viva Tunguska.