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Imitação barata: Jorge Jesus está para o Sporting como António Capucho está para o Partido Socialista. O primeiro também pôs um capucho vermelho a um certo clube.
Em dia de Bertas é bom saber que o messias das bandas da Luz opera milagres. Daqueles que dão campeonatos e alegrias mil. Valha-nos isso.
O Porto do Mister Pereira vai a Málaga entregar uma eliminatória de mão beijada aos insolventes capitaneados pelo chileno que não gosta de Mourinho. Mais a norte, o Barça, para alguns a melhor equipa de sempre - caramba, a memória é sempre tão curta-, dá uma remontada histórica a um clube que, noutras eras, e que eras, propinava a esse mesmo Barcelona goleadas de chapa 4, com direito, no fim, ao tão ansiado caneco. O futebol anda estranho. Muito estranho. Mas mais estranho ainda, é verificar que Jorge Jesus, sim, Jorge Jesus, quem mais?, tornou-se num palestrante fortemente requisitado pela academia. Ah, pois é. Não é, de facto, para todos. Da teoria para a prática, e da prática para a teoria, Jesus sentou-se finalmente no seu tão requisitado trono de ideólogo-mor do futebol pátrio. O que é que falta para o puzzle completar-se? O Galatasaray ser campeão europeu com Altintop a furar as redes do desistente Valdés? Stoichkov treinar o Sporting, com Severino a liderar a queda no abismo da falência? Ou Jesus escrever um livro com a epistemologia do futebol-arte? O futebol anda estranho, muito, muito estranho.
Eu não ía falar no jogo entre o Benfica e o Sporting da semana passada. Mesmo. Mas não resisto a publicar este vídeo.
O resultado foi justo, o jogo foi bem jogado. Infelizmente para nós, sportinguistas, valeu um golo marcado pelo Javi Garcia, mais o espírito de sacrifício da equipa do Benfica e finalmente a atitude dos seus adeptos, que fizeram as vezes do Cardozo durante cerca de 30 minutos. Infelizmente para o espectáculo, houve vários episódios lamentáveis de parte a parte, antes, durante e depois do jogo, que já foram aliás discutidos até à exaustão.
Mas o que se vê neste vídeo é um nojo. Assim mesmo. Que toda a gente o faça não justifica de forma alguma a atitude desprezível de Jorge Jesus. Os benfiquistas deveriam ser os primeiros a condenar esta falta de fairplay. Espero que o façam, da mesma forma que espero que, a verificar-se uma situação semelhante no Sporting, sejamos nós os primeiros a denunciar e exigir mais e melhor do nosso clube.
Mais do que falta de fairplay, isto é batota! Um exemplo desprezível que é dado a todos os adeptos de futebol. Que os jogadores simulem lesões para ganhar tempo ou para travar o ímpeto atacante da equipa adversária, é grave. Mais grave se torna, obviamente, quando é o treinador que incita à simulação.
Mas quando chegamos ao ponto de um treinador sem um pingo de vergonha na cara poder dar ordens ao seu jogador para fazer batota, atirando-se para o chão, no meio de um jogo e à vista de todos, e isso não seja escandaloso sob qualquer ponto de vista, podemos afirmar sem hesitação que o nosso futebol - espelho da sociedade - está mergulhado numa imensa e nauseabunda porqueira.
Aqui fica o vídeo, decidam vocês...