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O Paulo Pinto Mascarenhas tem vindo a publicitar o jornal que hoje foi lançado, o "i". Ainda não tive oportunidade de comprar, assim o farei para poder aferir sobre a qualidade desta novidade, a provar que mesmo em tempos de crise é possível incentivar a criatividade e promover novas iniciativas. Quanto ao site, é bastante notável que por ali se aprecia a blogosfera, mas já agora deixava apenas uma sugestão. Ajudaria, porventura, a criar maior interactividade com a blogosfera, a utilização de uma ferramente como o Twingly, à semelhança da utilização que o site do Público lhe dá. Fica apenas a sugestão, com os desejos de uma excelente entrada no mercado e que obriguem os outros a competir em qualidade.
A pergunta mais estúpida que vi em vários anos:
"Querer ter um filho é ainda um resquício da família tradicional"?
(Anabela Mota Ribeiro, numa entrevista a um casal gay anónimo, revista Pública, 29/03/09)
Pela segunda vez o Estado Sentido chega ao Público, desta feita com este breve post, embora sem a última frase. Mais uma vez, aqui deixo os devidos agradecimentos a quem de direito.
Noto no entanto a singela ironia de na mesma semana em que um jornal regional não publicou uma entrevista que me solicitou, o Público, com a expressão nacional que tem, publica mais um texto meu.
É um prazer estar acompanhado pelos amigos António de Almeida e Pedro Leite Ribeiro na secção Blogues em Papel da edição impressa do Público, com este post. Agradeço em nome da equipa do Estado Sentido a quem de direito, nomeadamente ao Público.
Dizem que quem quer uma análise em detalhe dos eventos lê a imprensa e que quem só quer as “headlines” se fica pela tv mas desde que voltei lá de fora tenho acompanhado o jornalismo português com alguma atenção e tenho que discordar. Ao abrir qualquer publicação diária (não tablóide) deparo-me apenas com artigos de opinião que se repetem uns aos outros incessantemente, isto quando não se estão a mandar recados pessoais entre comentadores. Há alguns temas de comentário que se repetem mais frequentemente que outros, por exemplo: a crítica ao estado devorador de tudo que é sempre apresentada em género caricatural em que a instituição é demonizada e o sector provado adorado como exemplo de virtude – ignorando as práticas empresariais incorrectas, ilegais e as ramificações sociais e políticas que costumam estar associadas ao fenómeno do negócio (nada se movimenta num vazio cultural); curiosamente estes comentários costumam surgir de pessoas ligadas ao mundo dos negócios que pelos vistos não conhecem nenhum desses defeitos (abençoados sejam os simples…).
Peguei neste ponto mas poderia ter pegado noutros mas o que fica patente seja qual for o tema que se queira escolher é que os jornais claramente têm uma orientação política, económica e social (ninguém no seu bom senso dá por exemplo tempo de antena a um personagem como César das Neves ou Júdice (para dar apenas alguns exemplos) se não tiver um interesse comum a defender) que exercem constantemente em modo de propaganda de forma a criar uma agitação artificial no charco da política nacional – aliás isto não é política… é mexerico de domésticas. À falta desta profundidade de análise e de credibilidade que é característico dos nossos medias resta ao leitor interessado ir apanhando bocados aqui e ali e se com sorte ir lendo uns espaços online mais interessantes que o marasmo da tv e do jornal.