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Profunda e arrogantemente imbecil, o tal Zé que não faz falta alguma, alegadamente escarra mais umas tantas sandices a respeito do património que "urge não preservar". Segundo aquilo que o texto do Público alega, para esta coisa ..."os brasões são sinais do colonialismo". Refere-se ao simulacro de brasões que  só com muita imaginação turística, ainda conseguem passar por tal na Praça do Império.

Há muito desapareceram, apenas restando uns raquíticos vestígios que estão muito longe daquilo que os canteiros durante décadas mostraram aos visitantes daquela zona da capital. A verdade é outra, pois uma rápida passeata pelas imediações, é mais que suficiente para verificar-se a progressiva degradação de todo o conjunto. O jardim  não passa de um baldio semi-abandonado. Fonte luminosa? Onde? Quando, em que dias? A passagem subterrânea sempre sujíssima, borrada com porcarias garatujadas. O Padrão dos Descobrimentos, enegrecido. O prolongamento arrelvado em direcção à casa oficial do Sr. Silva das marquises, com obras de Sta. Engrácia, papelada por recolher; a prenda tailandesa, desprotegida e à mercê da gandulagem da Urban "Art". A lista a cargo da incompetência camarária é vasta, perfeitamente safernandizada e bem ao gosto salgado-costista.

 

A obliteração de uma História ainda bem presente e por sinal vivida in loco - na África e na Ásia - por uma boa parte da população portuguesa, deveria então ser acompanhada pela destruição de outros elementos do extinto império. Nem as palmeiras lisboetas escapam, agora condenadas pela praga de um mortífero besouro ao qual a CML não prestou qualquer atenção. Assim sendo, há que demolir o Mosteiro dos Jerónimos, erguido para comemorar a gesta no Oriente e que para cúmulo, também ostenta catatuas brasileiras, esferas armilares, brasões reais e túmulos dos Aviz que devem ser imediatamente despejados "à francesa-St. Denis" pós-1789; a Torre de Belém, carregada de símbolos imperiais manuelinos; há que mandar picar as Armas do Reino em todos os principais edifícios públicos - os únicos de valor, foram erguidos pela Monarquia -, assim como na generalidade de palácios e mosteiros, na estátua de D. José, no Arco da Rua Augusta e na Estação do Rossio, nos chafarizes e fontanários, nas igrejas, actuais museus, etc. Também podem queimar os coches, já que o "novo espaço" ainda está e previsivelmente ficará às moscas. Há quem ainda não tenha percebido que o império outrora exposto em mapas nas salas de aula, continua a existir de outra forma. Arribou à Europa, desde a nossa alimentação até às músicas que ouvimos, às gentes que connosco se cruzam nas ruas de uma Lisboa que há cinco séculos habituava-se às partidas e às chegadas. As pedras e os símbolos de outrora, são, ao contrário daquilo que um passageiro autarca possa julgar, elos que não se rompem por apetites ou isoladas manias. 

 

Esta é uma das piores Câmaras Municipais de sempre e dela Lisboa guardará triste memória. Comparado com esta gente, o catastrófico Abecassis era um Ludovice, um Mardel. 

 

Interessante seria, se este bufante indivíduo fosse obrigado a indemnizar o município pelos milhões de prejuízo que causou, quando politicamente embargou a abertura do túnel do Marquês.

 

Nesta republiqueta de sarjeta a impunidade dita a regra, é imperial. Imperial, mas sem brasões.

 

 ***

Adenda: há algumas semanas, levei uns amigos estrangeiros a passear em Belém e diante dos fanados brasões, expliquei-lhes o que ali existira e o que significavam. Ficaram surpreendidos pelo desleixo e obliteração da história e ainda lhes garanti que a situação não era recente, tinha muitos anos. No entanto, a verdade é que eu, como tantos outros, deveria ter agido atempadamente, alertando a Câmara e os jornais. A culpa também é minha, pois nada fiz e critico agora, aquilo que podia ter sido evitado. Realmente, é fácil falar.

 

Estamos uma vez mais perante um facto consumado, até porque o grunhido de resposta dado pelo Zé ao jornalista, leva a questão para o patamar da política. Já ganhou o caso, pois agora com ele terá os mesmos incondicionais de sempre. Querem apostar?

publicado às 16:52

Buracolândia

por Nuno Castelo-Branco, em 21.06.13

 

A inacreditável dupla Costa & Salgado, iniciou um vaudeville coligatorista com "unipessoais" estampados com nomes diversos. À acinzentada papagaia Dª Roseta dos silêncios e dos lugares de poleiro que comprometem, junta-se agora o Zé que nunca fez falta alguma. É precisamente o mesmo que embargou o túnel e obrigou a CML a um enorme prejuízo material - que o culpado "cautelar" devia pagar -, além do espezinhar dos direitos dos utentes lisboetas. 

 

Roseta e Zé, aqui estão dois "coligatórios" do abuso de confança, incompetência, destruição de património imobiliário e aliança com algumas esquisitas "placas de obra" de fachadismo que vemos por aí. Nesta lista de demolidores, até um representante de Sócrates marca presença. Quando o caro leitor passar pelas Avenidas Novas, Baixa, zona do Marquês, Av. da Liberdade, Fontes Pereira de Melo, zona da Duque de Loulé, Av. República e Almirante Reis, pense nesta gente e numa certa banca esverdeada. Em toda a Europa ocidental, isto apenas é possível na lusa pátria. Só visto!   

publicado às 19:15

                                      Imagens exclusivas ESTADO SENTIDO. Direitos reservados Pedro Quartin Graça


Foi esta manhã, um dia de muita chuva, que teve lugar a inauguração do Corredor Verde de Monsanto, ideia de há décadas de Gonçalo Ribeiro Telles, finalmente concretizada pelo executivo de António Costa, pela mão de José Sá Fernandes. Lisboa e os "alfacinhas" ficaram imensamente mais "ricos". 

publicado às 14:04

Domingo, 7 de Agosto de 2011, 10,32H. Aqui está mais uma "requalificação da CML"

*Pacto de Pacóvia: António Costa, Manuel Salgado, Zé Sá Fernandes + BES

 

publicado às 15:42

Apenas umas horas numa tarde de Sábado, para arrasar aquilo que existiu durante um século. Nada escapou, foi tudo reduzido a pó. Cantarias, lindíssimas grades e varandas de outros tempos, portas em madeira de casquinha. Tudo para o entulho. É assim a Lisboa moderna desta "situação" no seu já mais que certo estertor. Antes de desaparecer de cena, pratica a terra queimada, revolvendo o tecido urbano, esgravatando preciosos "terrenos" em praças, avenidas e ruas. Em nome do negócio fácil, estacionamentos e do interesse do sector do betão que proporciona rendas e poleiros a uns pacóvios que ocasionalmente passam por gabinetes ministeriais, liquida-se uma cidade inteira. Caíram dois prédios em plena Praça Saldanha, hoje um local quase inóspito pela fealdade e baixíssima categoria arquitectónica escandalosamente exibida por uma Câmara Municipal que não merece tal denominação.

 Uma vergonha acompanhada ao vivo pelo estupor de inúmeros transeuntes que indignados e de telemóveis na mão, faziam umas tantas fotos para o triste album de recordações do período final da 3ª República. Entre insultos, rosnares e todo o tipo de ilações acerca de mais este crime para "hotel ou terciário ver". 

publicado às 08:47

 

(imagem roubada ao defunto Coliseu)

 

É ler na íntegra este post no Lisboa S.O.S.:

 

Quatro partidos afixaram propaganda no Marquês de Pombal. O vereador quer tirá-los. Muito bem, achamos bem. O IGESPAR também acha bem. Diz que é uma «zona sensível da cidade», que o Marquês tem «características específicas». Muito bem. Mas, espera lá... Onde estavam o Zé e o IGESPAR quando a TMN colocou umas bolas gigantescas no Marquês de Pombal? Quando a Avenida da Liberdade foi fechada para fazer uma demonstração de Fórmula Um? Quando a Praça das Flores foi fechada para publicidade a uma marca automóvel? Quando o Terreiro do Paço foi invadido por bolas gigantescas da TMN? Quando o Saldanha foi inundado de bandeiras da Coca-Cola? Quando o Rossio, no Natal, foi ocupado pela publicidade às lotarias da Santa Casa? Quando a Praça de Espanha serviu de pasto a vacas para promoção do turismo açoriano? Desculpem, mas aí já não havia «zonas sensíveis da cidade»? Aí já não havia «características específicas»? Com a alienação de espaços públicos que fez na cidade, José Sá Fernandes é a ÚLTIMA PESSOA com moralidade para vir agora proibir cartazes no Marquês de Pombal. Ou ESTARÁ TUDO DOIDO?

 

P.S. - O Vereador Sá Fernandes preocupa-se muito com a estética do Marquês. Só não se preocupa com a estética de toda a Lisboa Arruinada, nem sequer se digna a responder aos e-mails do Nuno - aos quais apenas Helena Roseta tem respondido.

publicado às 14:39






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