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Mário Centeno acredita na sua inocência. Mas existe algo estranho no câmbio de divisas. Dois ingressos para ver o seu clube jogar a troco da isenção do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) da Realitatis? Bizarro, para dizer o mínimo. A desproporcionalidade entre uma coisa e outra é flagrante. Mas se subtraírmos os dois bilhetes para ver o glorioso fazer rolar o esférico, e nos concentrarmos na isenção do IMI, talvez haja gato. António Costa não pode afirmar jamais - à Lino. A ver vamos quais os contornos desta história mal contada e muito pouco esclarecida. Uma coisa é certa: a haver uma crise, a mesma será à escala europeia - não fosse Centeno o (ainda) presidente do Eurogrupo. Em política, a palavra nunca está proibída. E nem é preciso andar a 30kms por hora. Ridículo é António Costa. Os portugueses têm o direito de saber se houve cambalacho ou não. E o primeiro-ministro tem a obrigação de responder. Há coisas que não se podem admitir. Há coisas que os socialistas podem ter de confessar.
O Partido Socialista (PS), falido que está, mas adepto do comunitarismo, deveria realizar um time-sharing com o Bloco de Esquerda (BE) e o Partido Comunista Português (PCP). Se não conseguem pagar a conta da água e luz, deveriam pedir ajuda aos camaradas do seu governo. Deve haver uma salinha livre na Avenida da Liberdade ou uma cave disponível na Almirante Reis (aliás Rua da Palma) para os amigos do Largo do Rato. Seria um verdadeiro exemplo de socialismo partilharem os equipamentos. Ou, em alternativa, sem mudar de casa e abandonar os hábitos, proponho um leilão de históricos do partido. Ou um sorteio para um jantar com Sócrates. Ou uma rifa de uma anuidade para dois meninos no Colégio Moderno. Ou vender em hasta pública antiguidades de Almeida Santos que foi um ávido coleccionador de velharias. Enfim, existe um conjunto de soluções tangíveis que o PS pode adoptar. Mas sabemos muito bem quem irá pagar os devaneios daquela casa desgovernada. Serão os portugueses. Venha de lá essa feijoada, esse jantar de beneficência.
A malta do Rato anda toda a falar em lealdade, fraternidade, e outros sentimentos acabados em "ade". Emoção a mais, parece-me. Para Noite das Facas Longas, está um pedacinho aquém da original.
A imagem, mostra como ficará uma parte do Largo do Rato, após a construção do horrível, monstruoso e ordinário edifício projectado para a zona compreendida entre o chafariz do palácio Palmela e a Av. Alexandre Herculano. É mais uma humilhação infligida à cidade de Lisboa que se vê completamente descaracterizada, com a criminosa complacência das autoridades responsáveis pela sua preservação. Corre na net uma petição online "Salvem o Largo do Rato" que urge apoiar.