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Correio do leitores: fisco ao fisco

por José Maria Barcia, em 15.02.13

O nosso leitor Carlos Velasco, a propósito deste post, sugeriu-me mais uma série de medidas para não pagar multa na ausência de factura.

 

Aqui estão as propostas:

 

1 - Dizer que o artigo foi furtado e por isso não tem factura.
2 - Afirmar que reside no estrangeiro e por isso não declara impostos em Portugal.
3 - Pedir para fazer uma chamada com a desculpa que um amigo ficou com a factura, aproveitando para chamar uns amigos brutamontes cujo ódio de estimação são os fiscaizinhos de merda.
4 - Aproveitar um momento de distracção do fiscalzinho de merda para lhe enfiar os dedos nos olhos, aproveitando o movimento de contorção para lhe agarrar pelos cabelos e enfiar uma joelhada na cara.
5 - Fazer uma bolinha com um papel qualquer para atirá-la bem longe se algum fiscalzinho pedir a factura, ordenando-o que vá apanhar a bolinha, tal e qual fazemos com os cães.



publicado às 14:24

" Pago respeito ao discernimento das damas ".

por Cristina Ribeiro, em 30.10.12
Esta frase, escrita em 1853 no « A Península », periódico portuense, faz de Arnaldo Gama, que por essa altura se tornara já escritor reconhecido, uma das poucas honrosas excepções quanto ao valor da mulher que ousa ir mais além do que o que a sociedade lhe reservava: o trabalho no lar.
         A regra era a de subestimar tais ambições, consideradas deslocadas, e até indício de pedantismo, quando não de " loucura "...
Exemplo dessa " aversão ", fui encontrar, por chamada de atenção de Manuel Tavares Teles, num livrinho de Camilo Castelo Branco, que escreveu  usando pseudónimo ( Um Antigo Juiz das Almas de Campanhã ), em que se dirige aos 
" Pais de família! Não achais bem triste 
  Entrar um cidadão em sua casa, 
  Cansado de lavrar o pão da vida,
  E ver sua mulher repoltreada,
  Na otomana gentil, lendo romances? "
A ironia da vida!!! Alguns anos depois de assim escrever, iria casar com uma literata! E recordo que numerosíssimas vezes o escritor se dirige às suas " gentis leitoras ", afinal as melhores ouvintes do seu auditório.
Lembro-me de ter ficado muito espantada, aquando da primeira leitura d«Os Manuscritos de Gertrudes » ter visto esta passagem, em carta escrita à filha, na qual abordava a educação da neta: "  Seria pena que não lhe dessem um verniz de inteligência: tudo o que for daí além é uma inutilidade. "
Sei que tudo isto tem de ser visto à luz da mentalidade de então, mas não posso impedir-me de sorrir ao pensar no que diria o homem de Seide se pudesse ver esta fotografia da neta, Raquel, a ler, talvez, um desses romances malfazejos.

publicado às 20:29






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