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Alguém devia dizer aos líderes do PCP que agitar os fantasmas do "fascismo", "extrema-direita" e "Salazar" contra tudo o que se lhes oponha ou os critique já não resulta enquanto estratégia discursiva, pelo que talvez esteja na hora de pensarem em mudar de cassete. De resto, Bernardino e Jerónimo fizeram o que todos fazem, que aparentemente até pode ser legal, mas é eticamente reprovável. O busílis da questão reside, tal como no caso Robles, na hipocrisia de os líderes do PCP recorrerem frequentemente, no debate político, a uma auto-proclamada superioridade moral, que é contrariada pelas práticas próprias em que utilizam o mesmo tipo de expedientes que muitos outros alvos habituais das suas críticas. Diz-me a minha intuição, aliás, que investigações e auditorias a muitas Câmaras Municipais com executivos comunistas provavelmente revelariam infindas situações congéneres.