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Vi-o uma vez pelas ruas de Lisboa brincando aos senhores delicados. Quem diria que aquele contabilista Luís de Almeida Cabral, burguês e filho de literato, bolseiro da Casa dos Estudantes do Império, irmão de Amílcar - engenheiro do quadro do Ministério do Ultramar, Inspector-Geral do Comércio da colónia, investigador da Junta de Investigação do Ultramar e assistente universitário - fora durante meia dúzia de anos o mais implacável verdugo de tanto desgraçado atirado de mãos atadas para as valas comuns que deixou como espólio da sua presidência. Depois, quando a lei da cadeia alimentar o tocou de perto, fugiu para Cuba, onde não se conseguiu aclimatar, preferindo colocar-se sob protecção dos portugueses, que tanto detestara, deles recebendo casa e pensão vitalícia.
sinto-me:
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publicado às 14:06