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Estou mesmo desiludido. Tanta coisa nos idos de Évora e agora nada. Não há quem organize um evento de defesa de Lula na Aula Magna da Universidade de Lisboa? Não existirá modo de financiar um cartaz alusivo à forma descarada como estão a destruir o carácter do homem? O próprio Lula da Silva tem mais espírito empreendedor do que aqueles que marcaram as conferências de José Sócrates. O santo serralheiro já meteu mãos à obra e estará na manifestação pró-Dilma. Que bonito. Só tenho a acresecentar o seguinte. Mal estalou o escândalo de Lula no Brasil, os mercados encararam o evento como algo de positivo. O ETF do Brasil (ticker: EWZ) valorizou de um modo dramático (ontem fechou com ganhos na ordem dos 8%). Por outras palavras, os investidores internacionais observaram o fenómeno como sendo o início de uma "limpeza profunda" da realidade corrupta do Brasil. A partir destes factos poderemos extrapolar qual será o comportamento dos mercados em relação a Portugal quando for deduzida a acusação contra José Sócrates. Em suma, mas sem querer aconselhar caminhos de investimento, Portugal, por analogia, pode vir a beneficiar da clarificação judicial que estará implícita no processo Marquês. Afinal Sócrates ainda pode dar algumas alegrias a pequenos e grandes aforristas. É tudo por hoje. Boa noite.

publicado às 19:07

José Lula Sócrates da Silva

por Nuno Castelo-Branco, em 19.09.13

Lembrei-me logo dos compêndios científicos da Madame Ceausescu e tal como o Samuel, estou ansioso por deitar a mão ao volume de Ciência Política de José Sócrates. Com um prefácio mensalado pelo Sr. Lula, até fico com a sensação da capa bem poder ser esta que aqui deixo. 

publicado às 16:30

A diplomacia económica de Lula da Silva

por João Quaresma, em 30.06.13

«O ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento) tornou secretos os documentos que tratam de financiamentos do Brasil aos governos de Cuba e de Angola. Com a decisão, o conteúdo dos papéis só poderá ser conhecido a partir de 2027. (...)

O BNDES desembolsou, somente no ano passado, US$ 875 milhões em operações de financiamento à exportação de bens e serviços de empresas brasileiras para Cuba e Angola. O país africano desbancou a Argentina e passou a ser o maior destino de recursos do gênero.

Indagado pela Folha, o ministério disse ter baixado o sigilo sobre os papéis porque eles envolvem informações "estratégicas", documentos "apenas custodiados pelo ministério" e dados "cobertos por sigilo comercial". (...)

Só no ano passado, o BNDES financiou operações para 15 países, no valor total de US$ 2,17 bilhões, mas apenas os casos de Cuba e Angola receberam os carimbos de "secreto" no ministério.

Segundo o órgão, isso ocorreu por que havia "memorandos de entendimento" entre Brasil, Cuba e Angola que não existiam nas outras operações do gênero.»

 

Artigo completo no Folha de São Paulo de 09.04.2013.


publicado às 23:45

No Brasil

por Nuno Castelo-Branco, em 23.06.13

Aqui, aqui, aqui , aqui, aqui e... aqui! Bate certo.

publicado às 18:41

1º de Abril atrasado

por Nuno Castelo-Branco, em 05.04.13

 

Lula não entende a razão pela qual a Alemanha tem tanto poder na Europa. Lula também não entende como é possível que Chipre, um país com "5 milhões" de habitantes, possa causar medo à Europa. Termina as suas bem pensadas palavras, com algo de tão novo como a surpresa pelo poder germânico ou os "5 milhões" de cipriotas: há que erguer uma governação global e com novos organismos multilaterais, porque a ONU já não representa coisa alguma.

 

Temos imperator mundi!

 

publicado às 11:10

Sem Lula, sem Claudinho da Geladeira, mas com Carvalho

por Nuno Castelo-Branco, em 06.10.12

 

Já que não temos Lula e nem sequer se perfila um Claudinho da Geladeira, contentamo-nos com a sombra do Carvalho. Berrando* esta manhã no encontro dos gourmands do sistema, o ventríloquo do sr. Arménio, garante que a sua segunda prioridade é o derrube do governo há pouco tempo eleito. Vai acrescentando ser necessário defender a soberania popular. Percebemos o que quer dizer. A "soberania popular" é representada por aquelas duas ou três centenas de manjericos bem instalados a expensas do sistema. Os outros milhões que não votam segundo o santificado parecer daqueles semi-divinos do Hades, não passam de ralé.

 

O governo quer seguir em frente? Se sim - embora duvidemos muito -, comece decididamente a espiolhar todas, mas todas as fundações, institutos, museus, observatórios, bibliotecas onde existem nomes e nomes bem pagos que raramente lá põem os pés, gabinetes disto e daquilo, comissões daquel'outro. Passe a pente fino os subsídios, publique em letras gordas os nomes envolvidos e os montantes desbaratados nas PPP. Perca o receio, afronte o próprio Partido, se tal for necessário. Nada tem a perder.

 

* Também rosnou o tracanaz de Estrasburgo, mas não valerá a pena retermos a conversa do costume. Andam todos mortos por voltarem à cozinha do poder e poderem assim ocultar alguns perigosos tachos partidários e rendosos negócios de mercearia.

publicado às 13:18

Lula da Silva: mais um novo-rico a prazo?

por Nuno Castelo-Branco, em 25.02.10

 Estes novos-ricos do petróleo têm atitudes que oscilam entre a discrição - quando o preço baixa - e a arrogante empáfia -, quando existe uma maior recolha de proventos.   Se durante anos nos habituámos às variantes de humor de Putin, existe agora um novo ponto de interesse.

 

Lula da Silva herdou uma situação económica mais saneada e de facto, a presidência de Fernando Henrique Cardoso marcou a viragem há muito aguardada pela imensa maioria dos brasileiros.  Lula prosseguiu a sua política  de aproximação às camadas mais pobres e foi capaz de capitalizar a esperança de dezenas de milhões. A ele se deve o renascimento da esperança para uma mole imensa de desesperados pela miséria.

 

O gigante brasileiro hoje pode surgir de forma mais evidente na arena internacional, proporcionando também a oportunidade dos seus dirigentes, sobretudo Lula da Silva, de por vezes assumirem posições pouco consentâneas com o almejado estatuto de "futura grande potência". Embora faça parte do grupo "BRIC", o Brasil ainda está longe de ser uma Rússia ou China.

 

Relações controversas com alguns dos párias da comunidade internacional, ameaçam aquela desejada credibilidade que é apanágio de regimes estáveis e cumpridores dos requisitos impostos pela diplomacia internacional. A lista é conhecida, desde Chávez a Moralles, os irmãos Castro e Ahmadinedjad. Com profundos laços económicos estabelecidos há muito com o seu grande vizinho do norte - os EUA -, estranha-se esta insistência no fechar de olhos perante aquilo que todos reconhecem ser situações anacrónicas, onde o despotismo se mescla com o populismo revanchista. Internamente usando da retórica conveniente dos "direitos humanos", Lula passeia-se como um igual nas capitais dos ditadores, num ostensivo silêncio perante abusos que desacreditam o posicionamento do seu governo noutras latitudes bem mais decisivas, no hemisfério norte. Se a isto acrescentarmos os ímpetos rearmamentistas com o claro propósito de fazer figura - apesar das controversas compras efectuadas em França -, urge colocar a questão: quem quer Lula impressionar? Pretenderá apenas tomar posições para consumo interno, excitando uma opinião pública onde hoje já se denotam euforias de prometida grandeza, ou pelo contrário, terá Lula da Silva qualquer tipo de ilusões acerca do verdadeiro conhecimento que americanos e europeus têm acerca da realidade política e económica brasileira?

 

O movimento pendular que alterna épocas de abastança com outras de contracção, deveria tornar Lula mais prudente. Na última Cimeira Ibero-Americana, alguns diplomatas comentavam  com alguma ironia, algumas atitudes de pouco diplomático exibicionismo que este protagonizou, numa clara demonstração de pouco sentido da realidade. O Brasil tem ainda um longo caminho para percorrer.

 

O presidente do Brasil julga poder subverter as regras do jogo, mas é exactamente o contrário que faz dos simples políticos a prazo, aqueles que para a história ficarão como estadistas. Já alguém disso informou o sr. Lula da Silva?

 

 

publicado às 14:54

O aquecimento global e os terramotos !

por Nuno Castelo-Branco, em 04.01.10

 Mário Soares, a propósito da Cimeira de Copenhaga:

 

1. "Vô lá péne rêflêchir (...) le Sômê de Cópenhague. Prémiéremã, le monde á changê bócu (...) Se prevuá mãtenã que a continiuê cóme sá, l'êchôfemã mondial jusc'ô final diu siécle monterrá 3 dêgrês au plius. On ôrá iune monté reguliére des õs de lá mér, pas dê centimétres, mé dê métres. Ça férá disparétre quélques iles et requiulê dê zóne cotiéres de certãs pêís maritimes cóme le nótre. Lê excésses climátiques, les pliuis torrãciéles, dê vãs ciclópiques, tsunamis, uragãs, trãmblemãs de terre ê par ôtre cótê, des séches, chalâr excéssif, desertificáciõ, rêquiul des fôréts, sensible diminuiciõ de la biodivérsitê, serõ plius fréquãs. Cé pá iune pérspective agrêáble pur pérsóne, surtu pár dê jânes gênêráciõs".

 

2. Lulá da Silvá.

"Ã êfê, Luiz Inácio Lula da Silva, ótódidáte, ãnciã uvriê e sãdicáliste, óme diu pâple, de prãcipe ê valâres, diune éxcépcionél ãtuiciõ pólitique, de grande ãtélijance et avéc iune ãcomparáble ábilitê pur óbtenir dê consãnses, á rêussi se plácê avéc le pliu grandes figuiures ãntérnacionáles cóme Barráque Ôbamá u Nelson Mandêlá"...

publicado às 09:52

Lula (Gororoba) da Silva

por Nuno Castelo-Branco, em 31.01.09

 

 

Na sexta-feira, tivemos o prazer de assistir a  uma das mais excepcionais representações telenovelistas de que há memória. Numa cimeira qualquer organizada  por um bando de jagunços entre os quais pontificavam o coronel Tapioca Chávez, o vendedor de tosquiados cabritos Moralles e a ex-secretária para todo o serviço Cristina "qualquer coisa que faz lembrar uma Kitchnette", o senhor Lula da Silva interpretou o papel de um ex-sindicalista de ocasião. Semi-nu, esbracejante e muito faveleireiro, discursou á malta. Já há muito tempo não assistíamos a tamanho berrório, num pavilhão cheio de mensalados e de subscritores de duvidosos boletins de voto. Contra o capital, pelos pobres e oprimidos, por uma nova ordem mundial, na qual ele e os seus improváveis amigos serão figuras de proa. Quanto aos outros, Chávez lá disse o que vitaliciamente quererá dizer, Moralles grunhiu umas bestices vitalícias mas Lula, esse, surpreendeu. Ainda há umas semanas o vimos todo engravatado e rodeado por tubarões da mais alta camaradagem sarkoziana e  plutocrática de Paris, assinando contratos bilionários para a compra de aviões de guerra e outras negociatas mais. Ontem, foi a vez do faz de conta, regressando aos tempos de molecagem em que brincava às revoluções. 

 

Comício finalizado, imaginamos o que a seguir fizeram os grandes líderes: uma bela jantarada de luxo num hotel de cinco estrelas (paga pelo bolso do contribuinte que ficou lá fora), onde a vinhaça importada correu a rodos, acompanhada por lagostins, camarões apimentados e uma valente feijoada com todos, para libertar os gases de fim de semana. Enquanto isso, na rua, os estridentes apoiantes iam devorando o que as marmitinhas de plástico carregavam desde casa: umas gororobas de lulas com farofa, feijão preto com feijão branco, uns nacos de pão e uns chopes mornos para refrescar as roucas goelas. Na sala VIP do hotel, a noite acabava com um frenético samba com garotonas de programa, uns cheirinhos de branca enquanto uns andares mais abaixo, à beira dos bueiros, enrolavam-se uns baseados. Como sempre, nada muda.

 

Na próxima segunda-feira, tudo voltará ao normal, com Chávez a vitaliciamente importar canhões e mísseis russos, Moralles a vitaliciamente adquirir camisolas de lã semi-virgem na feira popular, a Cristininha a vitaliciamente marcar mais um retoque de botox e uma liposinha no baixo ventre. O senhor Lula, esse, já vestido a preceito, vitaliciamente regressa à roda viva de contactos capitalistas, esfregando as mãos de contente por se sentir um grande entre os grandes. Petróleo, gás, muita comida para exportar e claro, bastantes milhões para vitaliciamente conquistar novos amigos. E entretanto, para amansar o povão, lá vai de surdina cantando "viva a revolução"... (vitaliciamente dele).

publicado às 23:17

D. João VI, Mário Soares e Lula da Silva

por Nuno Castelo-Branco, em 18.07.08

 

 

Recebemos alguns e-mail manifestando perplexidade pelas recentes declarações de Mário Soares, proferidas quando da sua entrevista com o presidente Lula da Silva.  Não é a primeira, nem será decerto a derradeira vez que o antigo Chefe de Estado elogia D. João pela decisão de fazer embarcar a administração e soberania nacional para o Rio de Janeiro.  Há alguns meses editámos um post relativo à transferência da corte para o Brasil e tecemos algumas considerações acerca do inegável alcance político daquela decisão do Regente, pelo que não faremos mais comentários.

 

Podemos estar ou não, em desacordo com Mário Soares em muitas matérias ou decisões tomadas num passado que se torna cada vez mais distante. Apesar disso, é da mais elementar justiça reconhecer que o homem tem uma dimensão muito diferente daquilo que hoje encontramos a sair do ecrã do televisor às oito da noite.  Provou-o em 1975, em 1995 - lembram--se da festa nacional do casamento do Duque de Bragança? - e agora.  A francofilia torna-se cada vez mais, numa simples praxe. Ainda bem.

 

 

*Na imagem, a galeota de D. João VI, pertencente hoje ao património da Marinha do Brasil

publicado às 19:00

Separados à nascença?

por Samuel de Paiva Pires, em 16.07.08

Na RTP 1 o presidente brasileiro dá uma entrevista a Mário Soares. O culpado da crise mundial é o mal fadado neo-liberalismo, que na prática tem muito pouco de neo-liberalismo já que se tornou cada vez mais regulado pelas instituições e mecanismos que os estados criaram para continuar não só a regular mas a intervir directamente na economia, mas enfim, nada que não seja esperado dos intervenientes.

Surpreendentemente oiço Mário Soares considerar a ida de D. João VI para o Brasil como um acto de grande sabedoria. É o tal sentido de estado na análise imparcial da História que só está ao alcance de alguns, que à esquerda são muito poucos.

Enfim, mas o que interessa é que Lula da Silva faz-me lembrar o antigo presidente do Benfica, Manuel Vilarinho. Até a voz de aguardente é igual.

 

 

publicado às 23:47






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