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Há uns dias, Medeiros Ferreira, um dos mais eloquentes teóricos da conspiração, adivinhava uma agenda oculta, já não me lembro de quem, como e onde. Desde já, este respeitável "está em todas", poderia começar a procurá-la dentro de portas, ali para a zona de Cascais, onde o sr. Balsemão tenta a todo o transe derrubar o governo. Não se percebe bem à primeira vista, mas tudo isto pouco terá a ver com "pátria e justiça", mas algo em comum com televisões, anúncios, shares e fluxos de dinheiros publicitários. Os seus mediáticos tocolochas recorrem a tudo, desde imbecis elegias a Louçã, hilariantes louvaminhices ao chefe Jerónimo e hoje mesmo, a este vergonhoso êxtase perante um tapete vermelho que afinal não existiu. A micro-burguesia é deveras grotesca. Mas o que querem estes parolos?
Entretanto, o tocolocha do Eliseu teve mais uma das suas brilhantes ideias.
A polícia prendeu hoje no Bombarral um capo da Cosa Nostra siciliana, que estava fugido de Itália. Ao que parece, o indivíduo dedicava-se no nosso país ao mesmo tipo de actividades comuns às máfias, nomeadamente extorsão a empresas. Mas atente-se ao local da detenção: se puxarmos ligeiramente pela memória, damos conta de que há não muito tempo, um elemento da ETA foi preso em Óbidos, ali mesmo ao lado. Não digo que a localização dos dois criminosos não seja uma coincidência; mas pelo sim pelo não, se fosse o ministro Rui Pereira não estava preocupado apenas com a cimeira da NATO e aumentava a vigilância no Oeste: é que não é novidade nenhuma que máfias e organizações terroristas têm estreitas ligações (é ver o que diz Roberto Saviano) e os negócios de uns confundem-se, ou pelo menos favorecem com as actividades de outros. Espero que daqui a pouco tempo não venha a ser descoberto um covil das FARC nas redondezas.