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Há qualquer coisa que não bate certo neste guião. A Grécia vive dias muito difíceis. Tem a corda na garganta. Prometeu libertar o seu povo da Austeridade imposta pela Alemanha e chora desalmadamente porque não tem como pagar as contas. Mas isso não a inibe de negociar a compra de sistemas de mísseis à Rússia. Tsipras confirma os nossos piores receios. Não é um libertador da Europa periférica. É um perigoso apostador que arrisca lançar a Europa na maior das imprevisibilidades. A Grécia está à espera de um ataque turco? De uma investida de Panzers alemães? A União Europeia procura salvar a face, mas estes eventos exigem uma tomada de posição intransigente. Será o povo grego que em última instância pagará a factura, mas repartirá a mesma pelos restantes europeus. A política de casino, bluff, e o cinismo de Tsipras terão certamente os seus dias contados. O problema, no entanto, serão os danos colaterais deixados ao abandono. A poesia lírica do Syriza, que serviu para encantar as Esquerdas da Europa, está a ceder o seu lugar a algo intensamente explosivo. Há limites que devem ser respeitados por aqueles que afirmam pertencer à grande família europeia. O mais irónico deste enredo é que serão os Estados-membros da União Europeia a financiar a compra do sistema de mísseis à Rússia. Tsipras faz lembrar outros chicos-esperto de praças conhecidas. Se deixarem, pegará nos dinheiros de "salvamento" para comprar brinquedos para fazer a sua guerra. Não se esqueçam, Tsipras é um produto europeu. Certificado democraticamente, eleito por cidadãos no seu perfeito juízo. Dêem dinheiro ao Varoufakis e Tsipras. E depois não se queixem quando o mesmo se extraviar.