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Quanto à enésima boutade de António José Seguro pouco mais há a acrescentar. Seguro é muito, mas mesmo muito fraco politicamente. O novo messias spielbergiano, Abraham Lincoln, dizia que o verdadeiro carácter de um homem emerge no preciso momento em que lhe é dado todo o poder deste mundo mundano. Lincoln tinha razão. Ao ver Seguro perorar sobre tudo e sobre nada, e quando falo no líder socialista estou, simultaneamente, a pensar nos políticos da sua geração, antolha-se de imediato a total falta de mundo e de cultura que devora a criatura em questão. Estas elites partidocráticas perderam completamente a noção do ridículo. A única coisa que lhes interessa é poder. Poder, poder e só poder, nem que para isso se torçam as verdades fundamentais da nossa existência colectiva. Seguro não foge à regra. Tudo o que tem dito, feito e anunciado, beira, em repetidas ocasiões, a violação dos escrúpulos mais elementares de uma actividade, a política, que nunca os dispensa. Desde o desemprego até à dita alternativa política que nunca aparece, Seguro vai vogando ao sabor das águas turvas do não-pensamento. A essência do socialismo jacobino nacional é a mentira encapotada. É por isso que reafirmo o que já disse noutras ocasiões, noutros fóruns: este Governo é mau, sim, é, tem feito muitos disparates, sim, tem, mas, com uma oposição deste calibre é preferível que o executivo passista se mantenha "lampedusianamente" em funções. Com Seguro ao leme é de temer o pior. Hoje e sempre.