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A 4 dias das eleições presidenciais, estou perante um dilema que me deixa preocupado. Sou adepto de um sistema de Monarquia Constitucional , porque julgo ,mais moderno, mais justo e economicamente mais sustentável que a velha República, no entanto, nunca deixei de exercer o meu dever cívico, de exprimir a minha opinião nas urnas.
Desta vez , mais do que nunca, as eleições para a Presidência da República ,apresentam um rol de candidatos paupérrimos. Não sei os nomes de todos, mas os que são mais mediatizados, são por si, assustadores para mim.
Começo pelo homem do óculos , não sei o nome , parece Groucho Marx, diz umas coisas vagas . Que me perdoe mas é uma perca de tempo . O Morais, tem um mérito é o Sr. Corrupção , não há dúvida que se faz ouvir mas sempre no mesmo tema, uma obsessão talvez. O "Tino" traz-me o Douro à memória , simpático, um homem do campo Duriense, mas que só por esse facto não não preenche os requisitos para ser Presidente da República. Estava a esquecer-me da Marisa e do Padre que já o não é , mas esses nem comento.
O Nóvoa é um sectário , não se assume como esquerdista e para cumulo há duvidas sobre a sua formação académica, não tem ideias e julga que é candidato a 1º ministro. Maria de Belém , não será má pessoa , mas sofre do problema típico do partido onde milita, divisionista. Para fim de campanha o tema das subvenções mancha-lhe o caminho.
Marcelo, bom o Marcelo eu nunca escondi, que não gosto do estilo, mas parece-me apesar de tudo, que é o homem mais preparado, para a função . O candidato mais credível para mim é Neto mas a idade é um problema.
Em consciência dia 24 estou perante um dilema.
A República está caduca.
Nenhum destes candidatos tem perfil para a função.
PS.
A morte de Almeida Santos confirma o estado da República,as elites ,aperaltaram-se para ir a Basílica da Estrela.
Não entendo, se o defunto era ateu e não queria cerimónia religiosa, porque havia o corpo de ir para uma Igreja.
Vícios de uma República caduca .
Atónito, vejo o nível das águas em Albufeira, acompanhar o nível de disparates dos vários opinares nacionais. Da esquerda a direita, os peões vão-se aconchegando, naquilo que acham que será a nova realidade política, um governo de esquerda.
Como diz Helena Matos, ( http://observador.pt/opiniao/meu-caro-professor-marcelo/) num artigo no Observador, de grande qualidade, a moda agora é dizer mal do Presidente da Republica.É estranho este bando de apoderados no sentido tauromáquico do termo, esquecer-se que Cavaco Silva foi o único politico pós 25/4 que obteve duas maiorias absolutas enquanto líder do PSD e duas eleições à primeira volta na Presidência da República.
Serei saloio, se pensar que não é liquido que o governo chumbe no parlamento ?
Serei saloio se pensar que Marcelo, por falta de coerência e por querer o melhor dos dois mundos não tem a presidência garantida?
Serei saloio por estar farto de ouvir a corja de apoderados do costume vaticinar, o que para eles era mais cómodo ?
Talvez.
Veremos.
Deixando de lado a paupérrima qualidade das investidas "hitchcockianas" de Marcelo - bem acompanhas pela sageza cinematográfica de Rodrigo Moita de Deus, essa sim, mais próxima do idealismo dos "movie brats" -, chego à conclusão que este país não é para gente bem apessoada e prudente. Ou se preferirem, não é para novos nem para velhos. Não é um país frequentável. Ponto. Nem para guião cinematográfico serve. Quando o debate público gira em torno das declarações - ingénuas e desajeitadas - de uma personalidade pública - o célebre affaire Jonet -, das bravatas de um vídeo pateta e idiota que só desqualifica quem o promoveu, e por fim das insídias a uma chefe de Estado de um país democrático e cioso dos seus interesses políticos e económicos, só posso inferir que atingimos o grau máximo da necedade colectiva. Lamento muito, mas este país é uma parolice pespegada.