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A ausência das redes sociais durante alguns dias dispõe da óbvia vantagem de imunizar o organismo às ondas histéricas que por vezes assolam estes núcleos contemporâneos do não-pensamento. O affaire Martim-Varela, tão bem resumido pelo Samuel nesta curta posta, faz parte dessas tais ondas histéricas que inundam durante um ou dois dias a blogosfera e o Facebook. A polemização criada em torno de meia dúzia de lugares-comuns assentes numa argumentação falaciosa e mal construída, como foi manifestamente o caso vertido, demonstra à saciedade que a opinião publicada deste pobre cantinho à beira-mar plantado continua a viver numa campânula bem encerrada. O que nos vale é que o argumentário da estupidez é facilmente desmontável com alguns pózinhos de lógica. Caso contrário já teríamos enlouquecido há muito.
Grande parte da discussão em torno do episódio Martim-Raquel Varela é um exemplo perfeito de como o debate público em Portugal enferma em larga medida de vários males: estupidez, falácias, histeria e falta de racionalidade. À esquerda e à direita. Estão bem uns para os outros.