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Temos selecção nacional. Para quem ainda não percebeu - faz tudo parte da mesma fantasia: ganhar a qualquer custo. Falamos de instituições maiores (Sporting Clube de Portugal) e fenómenos globais (Cristiano Ronaldo e José Mourinho). Rolamos a bola, mas poderíamos rodar a chave e destrancar a matriz na sua íntegra - a falência ética que se estende de Sócrates a Pinho, de Fátima Felgueiras a Isaltino Morais, de Vale e Azevedo e, até ver, a Bruno de Carvalho. A ideia de enriquecimento fácil é quase sempre sinónimo do ilícito. Sabemos que clubes de futebol já fizeram ruir bancadas, mas a queda de um governo seria algo inédito. Quando o assanhado Ferro Rodrigues veste a camisola da Assembleia, não sabemos se está ao avesso - se é mais leão do que camaleão. Assistiremos porventura a um Dreyfoot affair que em última instância terá consequências políticas imprevisíveis. Como se pode admitir o duplo atentado de um Marta Soares? Um pé na bola e outro na Protecção Civil, a título de exemplo. Devemos ficar muito desconfiados, de pé atrás mesmo, quando enviam um estafeta para entregar a missiva de que: o "Governo afasta qualquer tipo de ajuda pública ao Sporting em caso de colapso". Se vêm com esta conversa é porque equacionam precisamente o oposto. E deve haver razões para tal. A cauda do leão deve ser tão comprida que se estende de São Bento a Belém e vice-versa. E o mesmo se pode dizer dos outros, invertebrados ou não, mascotes ou mascarilhas de outros grémios desportivos. A despromoção para ser efectiva deve não esquecer ninguém no banco. Já chega de fintas e fazer de parvo um país inteiro. Vai lá, Marcelo. Vai lá no Domingo.