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Estamos de acordo em relação ao seguinte: o mundo é plano (Thomas L. Friedman tem razão), mas como poderemos estabelecer um critério de defesa da identidade cultural de um país, quando a mesma é uma amálgama de influências e estilos? Para acabar com esta incursão de "comida rápida" teríamos de ser coerentes e excomungar outros vícios. A saber: essa nefasta praga de festivais de rock; as calças de ganga rasgadas pelas nalgas; as tatuagens e piercings de umbigo; as passadeiras vermelhas de uns globos de ouro (versão manhosa do red carpet de Hollywood); os bonés de hip-hop e os cumprimentos ritualizados que envolvem encosto de punhos e "tá-se bem"; revistas tipo Vanity Fair, mas chamadas de Cristina e afins ou os surfistas e toda a sua parafernália de moda e estilo. Enfim, o lápis vermelho não é seguramente o baton da Catarina Portas. Quando a senhora empresária decidir internacionalizar a sua "vida portuguesa" para uma rua confinante à Times Square em Nova Iorque, o que dirão os porto-riquenhos que já tomaram conta do bairro italiano? Pasta medicinal Couto?