Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]



Os boches não decidem.

por João Quaresma, em 27.04.12

François Hollande: «A Alemanha não decide pelo conjunto da Europa.». «Nós não somos um país qualquer.»

 

Estas não são apenas frases de campanha: um candidato presidencial francês a prometer fazer frente à Alemanha é quase uma travessia do Rubicão para a política europeia. Poderão ser os primeiros passos na ruptura com uma aliança que dura desde os anos 50, firmada entre Charles DeGaulle e Konrad Adenauer, e que tem sido - em conjunto com a protecção norte-americana - o garante de Paz na Europa em mais de meio século. É possível reverter este caminho de ruptura? É e vai certamente ser revertido porque ambos os países têm todo o interesse nisso. Mas as frases ficam (mesmo que Sarkozy seja re-eleito e seja o mais germanófilo que conseguir) e a França não se livrará de lhe ser lembrado que também passou os últimos anos a tentar decidir pela Europa, em conjunto com a Alemanha.

 

Se Merkel pode ser acusada de fragilizar a confiança na Alemanha e de ressuscitar velhos fantasmas da História, agora do lado francês já tem réplica. Do outro lado do Canal da Mancha, em esplêndido isolamento, os britânicos assistem ao espectáculo com a serenidade de quem vê tudo a correr exactamente como lhes interessa.

publicado às 01:20

O diktat aos protectorados

por Pedro Quartin Graça, em 28.01.12

Alterar as Constituições. Transferência total das soberanias sobre os orçamentos nacionais. Rendimentos dos Estados a darem total prioridade aos pagamentos futuros do serviço da dívida.

São estas as condições, classificadas como "mecanismo de vigilância", ou, se se preferir, como "elementos de inovação institucional", impostos pela Senhora Merkel. Na prática, é um verdadeiro ditado alemão à Grécia, a que se seguirá Portugal e a Irlanda. 

A primeira condição impõe que os rendimentos dos Estados, agora transformados oficialmente em "Protectorados", são para ser usados prioritariamente para pagar o serviço futuro da dívida contraída junto dos emprestadores internacionais (a troika) e dos credores privados que assinarem o acordo de reestruturação da dívida.

De acordo com o MoU, "só o remanescente poderá ser usado para financiar os gastos primários".

A segunda condição é que o ajustamento, - ou seja, a consolidação orçamental - seja controlado por novas disposições, em que a sua soberania é transferida para "o nível europeu por um certo período de tempo", diz-se.

E o ditado já começou por cá. Que o diga Alberto João Jardim que teve de o escrever de acordo com as linhas transmitidas pelo Administrador-delegado do Merkosy em Portugal.

publicado às 10:10

Não arranjem um Plano B, não...

por Nuno Castelo-Branco, em 15.12.11

Isto é o que a megera "Europa" pensa de nós, não tenham ilusões de qualquer espécie. 

publicado às 03:00

Da idiotice e petulância de Merkozy

por Samuel de Paiva Pires, em 10.12.11

Ambrose Evans-Pritchard, Europe's blithering idiots and their flim-flam treaty, a quem "roubei" também a fotografia:

 

 

«What remarkable petulance and stupidity.


The leaders of France and Germany have more or less bulldozed Britain out of the European Union for the sake of a treaty that offers absolutely no solution to the crisis at hand, or indeed any future crisis. It is EU institutional chair shuffling at its worst, with venom for good measure.

 

(...)

 

Germany has kept the focus exclusively on fiscal deficits even though everybody must understand by now that this crisis was not caused by fiscal deficits (except in the case of Greece). Spain and Ireland were in surplus, and Italy had a primary surplus.

 

As Sir Mervyn King said last week, the disaster was caused by current account imbalances (Spain's deficit, and Germany's surplus), and by capital flows setting off private sector credit booms.

 

The Treaty proposals evade the core issue.

 

Did France and Germany really have to cause this rift by throwing in an assault on the City that has precious little do with the EMU crisis? Yes, I suppose they did.

 

Given that Merkozy cannot bring themselves to accept that Europe's debacle stems from the euro itself, from a 30pc currency misalignment between from North and South, and from an over-leveraged €23 trillion banking bubble that German, French, Dutch, Belgian regulators allowed to happen… given that, yes, I suppose they have to find a scapegoat.

 

They have to whip up a witchhunt against somebody, so why not Anglo-Saxon bankers? Nasty reflexes are at work. German and French politicians in particular should be very careful about inciting populist hatred against a group that makes such easy prey. We have been there before.» 

publicado às 14:20






Arquivo

  1. 2025
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2024
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2023
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2022
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2021
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2020
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2019
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2018
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2017
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2016
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2015
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2014
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2013
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D
  170. 2012
  171. J
  172. F
  173. M
  174. A
  175. M
  176. J
  177. J
  178. A
  179. S
  180. O
  181. N
  182. D
  183. 2011
  184. J
  185. F
  186. M
  187. A
  188. M
  189. J
  190. J
  191. A
  192. S
  193. O
  194. N
  195. D
  196. 2010
  197. J
  198. F
  199. M
  200. A
  201. M
  202. J
  203. J
  204. A
  205. S
  206. O
  207. N
  208. D
  209. 2009
  210. J
  211. F
  212. M
  213. A
  214. M
  215. J
  216. J
  217. A
  218. S
  219. O
  220. N
  221. D
  222. 2008
  223. J
  224. F
  225. M
  226. A
  227. M
  228. J
  229. J
  230. A
  231. S
  232. O
  233. N
  234. D
  235. 2007
  236. J
  237. F
  238. M
  239. A
  240. M
  241. J
  242. J
  243. A
  244. S
  245. O
  246. N
  247. D

Links

Estados protegidos

  •  
  • Estados amigos

  •  
  • Estados soberanos

  •  
  • Estados soberanos de outras línguas

  •  
  • Monarquia

  •  
  • Monarquia em outras línguas

  •  
  • Think tanks e organizações nacionais

  •  
  • Think tanks e organizações estrangeiros

  •  
  • Informação nacional

  •  
  • Informação internacional

  •  
  • Revistas


    subscrever feeds