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Aqui ficam uns breves trechos de um um ensaio que recentemente elaborei, que me parecem bem apropriados quando se equaciona a inusitada intromissão estatal de ontem:
A grande vantagem é que o mercado concretiza a liberdade económica de forma impessoal e sem a necessidade de uma autoridade centralizada, dando aos indivíduos a possibilidade de escolherem os seus fins e não os obrigando a prosseguir os que um determinado grupo considere que eles querem ou devem querer[1].
(...)
Importa, no entanto, ressalvar que o mercado não elimina o Governo, até porque, como consideram os liberais, este é um instrumento necessário para determinar e garantir as “regras do jogo”. Assentando a liberdade política na liberdade económica, a preservação da primeira requer, porém, a eliminação de elevadas concentrações de poder e a distribuição do poder que não puder ser eliminado – trata-se da clássica separação de poderes e dos checks and balances. Ao retirar ao Governo a organização da actividade económica, o mercado elimina outra fonte de coerção, permitindo que o sistema económico seja um contrapeso ao poder político e não um reforço deste.
[1] Cfr. Milton Friedman, Capitalism and Freedom, Chicago, The University of Chicago Press, 2002, p. 15.
Enfim, lá vamos percorrendo o Caminho para a Servidão. O socialismo é uma coisa tão bonita. No fundo, já Rui Albuquerque resumiu bem a questão: Depois do episódio da golden share da PT, será que alguém duvida ainda que vivemos num regime de mercado puro e duro, e que a culpa do estado a que chegámos é do impiedoso neo-liberalismo em que temos vivido nas últimas décadas?
Via O Afilhado: