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Queria começar com a gravata perdida do ministro que passou revista aos militares, mas tropecei nesta outra modalidade de descontração. António Costa contrata amigo a preço simbólico? Se isto não configura tráfico de influências, favorecimento e dumping, Sócrates também não é amigo de Dilma. Portugal continua igual a si: o país das amizades, das borlas, dos favores, do fico a dever-te qualquer coisa, do depois acertamos contas. Enfim, a falência ética em todo o seu esplendor de quem não pode merecer o respeito do povo de Portugal. Quanto à gravata e o nó que deixa na garganta. Estamos a falar da instituição que assegura a defesa de um país. Estamos a falar das forças armadas que alicerçam a sua escola na disciplina, no rigor e nas hierarquias de comando. Estamos a falar num código de conduta que corresponde a uma tradição que não pode ser enxovalhada. O exemplo do chefe deve ser descartado sem demoras. Mina uma gama alargada de princípios que orienta a instituição militar. A gravata, assim como o contrato que Costa firmou com o seu melhor amigo, devem ser do género pro bono. De graça, sem ter piada alguma. Mas por alguma razão estamos a registar cada vez mais deserções. As chefias militares estão abandonar a geringonça. E não tarda muito, quando as ilusões caírem por terra, a Catarina Martins também abandonará o cangalho. O que julgam que significou a viagem de 24 horas de António Costa à Grécia para posar com Alexis Tsipras? Foi precisamente para defender o interesse nacional. O interesse nacional dos acordos com o BE e PCP atados com cordel feito num desenlace que ainda vai engravatar todos os portugueses.
Aguiar-Branco deseja umas forças armadas e uma política de Defesa partilhadas com Espanha. Ou de como um Ministro da Defesa revela que pouco ou nada sabe de Política Externa Portuguesa e, em particular, da História desta.
Augusto Santos Silva, na TVI24, vocifera contra dogmas do neo-liberalismo, acusa o PSD de ter uma liderança à direita e fala em sentido de responsabilidade. Eu prefiro interrogar-me sobre como será possível o país não ir ao fundo com os dogmas esquerdalhóides. Mais ainda, pergunto onde está o sentido de Estado de um Ministro da Defesa que se julga comentador político? São tão leais os cães de fila socráticos...