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Quando o valor de uma viatura passa a servir de indicador para a atribuição de subsídios sociais, sabemos que o governo está desesperado para angariar adeptos. Ficamos a saber que o voto popular conta para a sobrevivência política. Mas mais grave do que estas técnicas duvidosas de contabilidade, será a eternização da divisa automóvel enquanto indicador de estatuto económico e social em Portugal. O socialismo nivelado, de todos diferentes todos iguais, não passa de um mito. Continua válida a ideia da aparência, da ficção de meios, ou seja, não ter um tostão furado, mas poder armar aos "ricos". Este tipo de abordagem joga com a psique colectiva de um modo particularmente perverso. Passa a mensagem de que o que conta é a imagem projectada, a forma como se é percepcionado, seja-se pobre ou abastado. E o inverso? O milionário que prescinde da viatura e que se serve do passe da Carris? Tem algum benefício fiscal? Pois. Como podem ver, o chassis socialista assenta na ideia de escalada social, no exemplo desviante de Sócrates, de apartamentos em Paris e fatos Brioni - vida faustosa. É essa mentalidade burguesa que caracteriza os socialistas encartados que a querem partilhar com os pobres de alma, colocando à frente dos seus chanfros asnos uma cenoura furada.