O interesse nacional nem sempre é do interesse das populações.
O interesse nacional é sempre invocado.
O interesse nacional é uma prerrogativa do governo.
A projecção de poder e o interesse nacional são quase a mesma coisa.
A percepção é tão ou mais importante do que a realidade.
As percepções constroem-se para validar ou negar os factos.
A produção de percepções não é um exclusivo dos governos.
Os média antecipam-se ou estão atrasados em relação aos factos.
Os média nunca estão em sintonia/sincronia com os acontecimentos.
Os média são uma extensão dos actores políticos.
A propaganda é um conflito continuado e praticado por todas as partes envolvidas.
O status quo ou a estabilidade são construções ilusórias.
A ameaça do uso de força implica ciclicamente o seu uso para se validar.
A contenção é a mesma coisa que a ameaça do uso de força.
A ameaça do uso de força e a cooperação não estão a grande distância uma da outra.
A força das ideologias foi sendo substituída por outras formas de crença.
Domínio territorial e ocupação efectiva encontram-se no mesmo plano de importância de outros modos de expressão de poder imaterial.
A geopolítica também é movida por dimensões psicológicas como a memória colectiva e sentimentos como o rancor.
É mais fácil a fundamentação da decisão política baseando-se na história do que tentar a construção de novos modelos.
A linguagem do passado serve apenas uma parte da narrativa do presente.
As ameaças pequenas não são diminutas, são efectivas e potenciais.
As respostas dadas são sempre grosseiras, ou seja, nunca são do grau adequado.
A iniciativa política é apenas a extensão de um corolário.
Os corolários ou os axiomas são contradições genéticas, ou seja, a intuição e o instinto, são igualmente importantes na construção de modelos tendencialmente racionais.
As intervenções militares, de natureza quase sempre temporária, procuram desalinhar construções políticas de cariz mais duradouro.
É possível interpretar factos que ainda não aconteceram.
A ética é retrospectiva, mas eminentemente prospectiva.
A ideia de ordem nem sempre é legalista ou de natureza ética.
As aspirações filosóficas e existenciais do homem talvez sejam as mais difíceis de satisfazer.
O materialismo das nossas sociedades produz assimetrias desejadas.
As democracias já foram beligerantes entre si.
A auto-determinação dos povos nem sempre é um meio para justificar os fins.
O auto-existencialismo das nações pode ser acordado e estimulado para fins diversos.
Não existem mentiras em geopolítica: é tudo uma questão de timing.