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E, desiludido, escolheu a solidão.

por Cristina Ribeiro, em 07.06.13
" O constitucionalismo de Alexandre Herculano foi explorado por muitos, que nunca se deram ao cuidado de o estudar, ou que, se acaso o leram alguma vez, nem por sombras lhe apreenderam o pensamento político.
O seu nome foi arvorado como pendão de guerra nos arraiais partidários.
Equivocado, como Garrett, quanto ao verdadeiro sentido da Liberdade da Carta, não tardaria o racionalismo abstracto de Herculano a mergulhá-lo naquela amarga desilusão em que, por fim, veio a afogar os últimos dias da existência, na solidão de Val-de-Lobos.
« Se na mocidade - escrevia Oliveira Martins - Herculano, ainda impellido por illusões generosas, entrou na vida como soldado, o seu entusiasmo caiu depressa; e já no ardor com que escreveu « A Voz do Propheta », se vê esboçada fugitivamente a condenação futura dos partidos ».
Foi em 1851 que este este expedicionário do Mindelo se rendeu perante a corrupção liberalista, esforçando-se por esquecer, nas ocupações da lavoura, a mágoa e a vergonha que o tomavam de haver contribuído com o seu esforço para o triunfo do Liberalismo. Sumia-se o combatente, surgia então o profeta "
Fernando Campos in « No Saguão do Liberalismo »
               É, pois, neste contexto, que se vê tão grande entendimento com o lúcido e informado D. Pedro V, o qual constata serem os partidos o maior dos empecilhos ao crescimento de Portugal.

publicado às 16:14

Desta forma se refere a D. Pedro V um amigo comentarista do Estado Sentido.
Um Rei que, sempre próximo do povo, o que explica a sua enorme popularidade, não deixou que a extrema juventude, tinha 16 anos aquando da sua entronização, fosse empecilho à autoridade com que entendia, bem, exercer o seu cargo, que o fez impor-se aos políticos da altura, quase tão predadores quanto os de hoje. 
D. Pedro entendia que ao rei cabia governar, sem se limitar ao acto de reinar, "sempre pensou que sobre ele recaía a responsabilidade de transformar Portugal num País civilizado" e desenvolvido, desconfiando da competência dos políticos, que considerava " corruptos, ineficientes e imorais". 

Terão sido, por certo, tais qualidades que levaram Mouzinho de Albuquerque, enquanto aio do Príncipe Real, a indicá-lo como exemplo a D. Luís Filipe.
Foi uma « Esperançosa » Promessa que a sua morte prematura impediu que se cumprisse.
Há tempos, na sequência de apontamento sobre outro grande Rei, D. Miguel, o mesmo amigo fez o favor de me informar de algo que até então desconhecia: D. Miguel, após a lei do banimento, tinha estado, pelo menos uma vez, em Portugal.
Seguindo o link por ele fornecido, verifiquei que se tratava de um livro que tinha já em mente ler: « O Segredo de D. Pedro V », de Júlio Sousa e Costa; e nele li: " 

UMA VISITA SECRETA DE DOM MIGUEL I
As pessoas lidas em assuntos de História Pátria não ignoram que Dom Pedro V, condoído da situação de seu Tio, Dom Miguel I, dava-lhe uma pensão anual, a qual, conjuntamente com o subsídio que lhe enviavam os portugueses legitimistas, supria a mantença do Rei proscrito e da sua Família. Dom Miguel foi sempre muito sensível a este bom acto do seu Parente. ( ... )

Apenas Dom Miguel soube do falecimento da Rainha Dona Estefânia, escreveu a seu Sobrinho uma carta onde lhe expressava quanto o comovera o falecimento da jovem Soberana. Confidencialmente o informou de que viria a Portugal abraçá-lo e dar-lhe pessoalmente os pêsames, apesar da Lei que o banira, e dizendo que as razões do parentesco e do coração estavam acima das disposições humanas. ( ... ) 

Quanto a ele, Dom Miguel, sabia perfeitamente como havia de entrar no País, e avisou-o, com o máximo sigilo, de que, em certo dia do mês de
Outubro, do mesmo ano, estaria no convento de Mafra, como visitante, e apenas acompanhado por um seu amigo, o austríaco Frantz Weber, de Wien."

O encontro efectuou-se. Entre dois Homens que muito amaram Portugal. Unia-os, entre outras coisas, o grande prestígio de que gozavam entre o povo.

 

publicado às 17:57

Não posso deixar de voltar a falar no Liechtenstein. Impressionou-me, a bem impressionar, como é que numa Europa decadente, onde até 99,9% das monarquias são bonecos nas mãos dos seus coveiros, surge, a par de um outro « príncipe-moderno-tradicionalista », o do Mónaco, um monarca - o príncipe Hans-Adam II - que tem o " topete " de querer governar, por saber quais os seus deveres para com a sua pátria, preferindo abandonar tudo a fazer o papelão de fantoche a quem se puxam os cordelinhos para que se limite a abanar a cabeça afirmativamente. 
Em 2003 exigiu um referendo que revisse a Constituição, para que esta lhe reconhecesse mais poderes; se vencesse o Não, diria adeus ao trono: venceu, largamente o Sim; este ano, de 2012, o filho e herdeiro, Regente, Príncipe Alois, obteve igual resultado, ao ser-lhe confirmado o direito de veto vinculativo.
O Liechtenstein tem maior produto interno bruto por pessoa em todo o mundo..., e a segunda mais baixa taxa de desemprego em todo o mundo ( logo depois do Mónaco )....

publicado às 23:00

« DEO JUVANTE » (“Com a Ajuda de Deus” ) é o lema do principado; por lá não há partidos políticos: apenas o Chefe de Estado - actualmente o Príncipe Alberto II -, que não se limita a reinar, e, dada a pequenez do mesmo, 18 membros do Conselho Nacional, que com o Príncipe governam a Nação, sendo eleitos directamente.O poder legislativo é dividido entre o Príncipe e os conselheiros. O poder executivo é exercido pelo Príncipe, perante quem respondem o Ministro de Estado e o Conselho de Governo.
O Poder Judicial também pertence ao Príncipe.
Há depois as estruturas municipais.

E, milagre não é!, tudo funciona às mil maravilhas. Porque será? A exiguidade do território também não é " a " resposta, pois que se ele fosse maior bastaria aumentar o número de Conselheiros Nacionais.
     E, através de um amigo do Facebook, fico a saber que " Em Março de 2003, no principado do Liechtenstein  houve um polémico referendo levado a cabo pelo Príncipe Hans Adams II que exigia o reforço dos poderes do soberano. Levantaram-se os ânimos da oposição, exigindo a renúncia do Príncipe que ameaçou exilar-se nas suas residências austríacas, caso não visse os seus poderes acrescidos. 
A acção movida pelo soberano foi muito criticada internacionalmente, inclusive, pela Comissão de Veneza. A democracia do estado foi posta em causa e a monarquia apelidada de autoritária. 
O Príncipe venceu o referendo e viu os seus poderes alargados (o povo é soberano e sabe o que é liberdade, não precisa que lha imponham).
A oposição foi completamente desacreditada e humilhada com os resultados deste referendo. "



Monarquias modernas tradicionais.

publicado às 20:32






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