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"Lançamento do livro "Quando o Povo quiser", uma antologia de textos monárquicos comemorativa dos 10 anos do Correio Real, que será apresentado pelo poeta e ensaísta Pedro Mexia e com a presença de Suas Altezas Reais os Duques de Bragança.
"Organizado por João Távora e editado por Vasco Rosa, "Quando o Povo quiser" inclui um prefácio de Nuno Pombo, um posfácio de S.A.R. o Senhor Dom Duarte de Bragança, e textos de António de Souza-Cardoso, Augusto Ferreira do Amaral, Carlos Bobone, Diogo Tomás, Francisco Teles da Gama, João Mattos e Silva, João Távora, João Vacas, Joaquim Costa e Nora, Jorge Leão, José Adelino Maltez, José Manuel Quintas, Leonor Martins de Carvalho, Luís Barata, Manuel Braga da Cruz, Miguel Castelo-Branco, Nuno Miguel Guedes, Nuno Castelo-Branco, Nuno Pombo, Nuno Resende, Paulo Cunha Porto, Paulo Teixeira Pinto, Pe. Pedro Quintela, Samuel de Paiva Pires, Teresa Côrte-Real, Teresa Maria Martins de Carvalho, Vasco Rosa e Dom Vasco Teles da Gama.
"O livro estará à venda no local pelo preço de 20,00€.
"O Centro Cultural de Santa Joana Princesa tem lotação para 300 pessoas sentadas: o distanciamento físico será garantido e serão observadas todas as normas sanitárias em vigor."
Mais informações no site da Real Associação de Lisboa e no Facebook.
Há mais de um século, Sabugosa descreveu uma recepção na Ajuda, onde sobressaía a Rainha D. Amélia, "altíssima, radiante na sua beleza meridional, coroada por um diadema rútilo". No 67º aniversário do seu passamento, aqui fica a lembrança de D. Amélia como uma anacrónica activista política, social e cultural que ao contrário de muitas outras agora nossas contemporâneas, fez das palavras actos cujos resultados ainda hoje beneficiam a sociedade portuguesa.
Anteontem, precisamente no mesmo local sobressaiu alguém com a mesma imponente e majestática figura de D. Amélia, também ela com um nome de rainha, alta e radiante na sua beleza do norte da Europa. Tal como a portuguesa, a mesma atitude e o mesmo permanente sorriso.
Esqueçam a presença do Comendador de La Vichyssoise e concentrem a atenção na Senhora da foto. Sempre nos distrai das porcas e pequeninas misérias caseiras.
" À Monarquia descentralizadora foi-se substituindo uma Monarquia corrompida, excessivamente centralizadora, túmulo das liberdades tradicionais e, ao mesmo tempo, berço do cesarismo. ( ... ) O século XIX é um século de penitência universal: principiado sob o signo do liberalismo, ofereceu-nos espectáculos deploráveis, ao esquecer-se o primado do Espírito. ( ... ) O primeiro instrumento da expiação dos povos no século XIX foi Napoleão Bonaparte, flagelo guerreiro e conquistador, inimigo da independência das nações. a « Santa Aliança », reunindo os últimos sustentáculos do tradicionalismo, foi vencida. E, com as armas napoleónicas, a ideia da Revolução trespassou, de lado a lado, a Europa em decadência (... ) " Manuel Múrias ( pai )
" Em João Pinto Ribeiro já se desfiam com transparencia os fundamentos municipalistas da nossa Realeza, que não é a realeza majestática do Rei-Sol, avocando a si a existencia inteira do Estado, mas a de D. João II, inscrevendo-se pela Grey. E' a Monarquia moderada, repousando-se na diferenciação regionalista e técnica ( Concelhos e Corporações ) e efectivando a unificação ao alto, pelo exercicio forte das prerrogativas régias. E' a Monarquia pura, que consiste na limitação da actividade do Estado ao que lhe e' proprio e constitue a sua função específica - defeza externa, equilibrio concentrador, representação dos interesses geraes. " António Sardinha, « Nação Portuguesa »
Na ' Oferenda '
" No meio de uma nação decadente, mas rica de tradições, o mister de recordar o passado é uma espécie de magistratura moral, é uma espécie de sacerdócio. "
Coisas há que causam espécie ao mais desatento dos visitantes.
Gostaríamos de saber a razão pela qual estando presente na supracitada expo o colar da referida majestade, nada oportunamente foi esquecida a sua espectacular coroa que por sinal se encontra precisamente no mesmo museu em Coimbra. Será este mais um "problema político", ou andam os decisores a necessitar urgentemente de fosfoglutina?
Se há coisa que o tacticismo e a qualidade dos até agora alegados candidatos a Belém, à esquerda e à direita, podem fazer, é permitir a muita gente compreender a superioridade da monarquia na selecção do Chefe de Estado. É que, atendendo aos tempos que vivemos, na verdade, Cavaco Silva até tem razão quando afirma que o próximo Presidente da República deve ter experiência em política externa, e entre Henrique Neto e Sampaio da Nóvoa, ou Santana Lopes e Marcelo Rebelo de Sousa, aquela não abunda - bem pelo contrário. Na impossibilidade de termos um rei, sempre ficávamos melhor servidos com Paulo Portas, Durão Barroso, António Guterres ou António Vitorino.
"O 5 de Outubro é um dia importante. Uns festejam o golpe militar de 1910 que pôs portugueses contra portugueses. A Causa Real, porém, prefere celebrar a fundação da nossa nacionalidade, evocando a assinatura do tratado de Zamora, em 1143. Apelando à união de todos os portugueses e à exaltação dos mais nobres valores patrióticos, exortamos todos os nossos associados e amigos a que compareçam na concentração do próximo Sábado, dia 4 de Outubro, às 22h, junto à nossa sede na Praça Luís de Camões, em Lisboa (que incluirá uma surpresa de forte impacto visual).
Não tenhamos dúvidas: a presença de cada um de nós, com as nossas bandeiras e o nosso entusiasmo, é fundamental para que esta iniciativa tenha o sucesso pretendido, no coração da nossa cidade."
A democracia espanhola deve-lhe muito. Quase tudo, diga-se. Nascido João Carlos Alfonso Víctor Maria de Bourbon e Bourbon-Duas Sicílias , no ano de 1938, em Itália, durante o exílio do seu avô, é filho de Juan de Borbón y Battenberg e de Maria das Mercedes de Bourbon e Orléans, Princesa das Duas Sicílias.
O seu avô Afonso XIII foi rei da Espanha até 1931, altura em que foi deposto pela Segunda República espanhola. Por expresso desejo de seu pai, a sua formação fundamental teve lugar em Espanha, onde chegou pela primeira vez aos 10 anos, procedente de Portugal, país onde residiam os Condes de Barcelona, desde 1946, no Estoril.
Abdicou hoje a favor do seu filho Filipe. Honra a D. Juan Carlos e à Monarquia Espanhola.
"La Corona no tiene motivos para sentir zozobra, tras haber pasado un período de descrédito notable. Un 64% de los jóvenes encuestados responde que la monarquía está firmemente asentada y que la sucesión del Rey por el príncipe Felipe se producirá con toda normalidad."
...para a gente do costume. Ainda não será desta, ó Sr. Mário Soares. Como já se sabia, V. Exa. bem pode esperar até ao fim da sua next llife, mais ou menos daqui a uns cem anos. Aqui está uma notícia que não passa na RTP, TVI ou SICk.
" Tem sido este um dos pontos mais batidos por certa propaganda republicana, num esforço tenaz e persistente de incutir nos espíritos o preconceito de que o regime monárquico representa o domínio das classes poderosas em detrimento do povo. Nada mais infundado nem mais injusto!
Precisamente a aliança tácita e leal entre os Reis e o Povo é uma das constantes da nossa História.
Das três classes, os três braços de que se compunha a Nação - Clero, Nobreza e Povo - é de notar que algumas dissenções se manifestaram entre os dois primeiros e os monarcas, mas que nenhuma questão digna de registo surgiu, através dos séculos, entre o Rei e o Povo.
Ao contrário, era na classe popular que os nossos Reis sempre se apoiavam contra as ambições poderosas. Por outro lado, o Povo apelava para o Rei como seu protector, e sentia na autoridade real a melhor garantia das suas liberdades e do seu próprio poder e engrandecimento. "
Mário Saraiva
Verifica-se, pelo contrário, que tal domínio das classes poderosas se tornou verdade com o aparecimento do sistema de partidos, em que o Povo deixou de poder contar com esse protector tradicional, pois que com a plutocracia e com a chamada " democracia " vieram ao de cima as insaciáveis clientelas partidárias e os políticos de profissão, os devoristas, em suma.
" Em Janeiro de 1911 estavam os dois no exílio: D. Manuel II, expulso do trono por uma revolução, que a maior parte dos políticos e servidores de que se rodeara não soubera prever e muito menos evitar ou dominar; João Franco, que o ex-monarca sacrificara desde o início do seu reinado e que era, afinal, o único homem público que poderia ter feito frente às arremetidas dos adversários da Coroa. ( ... )
Tanto erro, tanta fraqueza, tanta transigência, tanta cegueira, além da evolução do liberalismo saído do movimento jacobino de 1820, e que havia noventa anos vinha sendo um sistema precário e equívoco de equilíbrio entre o Ceptro e o barrete frígio ( a « monarquia sem monárquicos », segundo a expressão do próprio Rei D. Carlos ), tudo caíra sobre os ombros dum Infante inexperiente. ( ... )
Os monárquicos [ ? ] viam em João Franco o homem indesejável que demonstrara ser possível, à sombra do Trono, governar com autoridade, e, simultâneamente, com honestidade e competência, realizando uma séria obra de administração que a parte sã do País aplaudira com agrado. Em carta escrita ao nosso Ministro no Brasil dizia o Conde de Arnoso - « Aos políticos não podia convir a administração de João Franco, que é a mais completa exautoração dos partidos políticos ». ( ... )
Os republicanos, esses, odiavam-no porque ele ia a caminho de reabilitar a Monarquia. "
Rodrigues Cavalheiro, « D. Manuel II e João Franco-Correspondência »
Já por essa altura, antes aliás, os " monárquicos " portugueses se batiam por uma república coroada; só assim, com um Rei que se limitasse ao papel moderador, que o despojava dos poderes que, por definição, lhe são inerentes, teriam margem de manobra para concretizarem as suas ambições desmedidas. Para isso, era mister afastar o " empecilho ". Daí que logo nessa altura se tenha dito que a Monarquia verdadeiramente acabou na noite em que afastaram do Governo esse que recusava o apoucamento da figura régia.
Assistimos hoje, de novo, à tentativa de amesquinhar o poder do Monarca, sendo que esse amesquinhamento é uma realidade na generalidade das monarquias europeias.
Vencidos da Vida se intitularam, entre outros, Eça de Queirós e Ramalho Ortigão, sendo nas « Farpas » onde mais verrinosamente acusam a sociedade de então, e, mais do que tudo, a política então feita. É esse sentimento de exasperação que os leva, mesmo, a, declarando-se não republicanos, afirmarem-se, não obstante, " muito condicionalmente monárquicos ", porque " entre monarquia constitucional parlamentar e república parlamentar constitucional não há diferença a não ser entre o princípio da eleição [ do Chefe do Estado ] e o da hereditariedade ". Manifestamente pouco. O monárquico tem o dever de querer mais!
Razão porque, implantada já a República, Ramalho diria que as " esfregas " aplicadas aos políticos da monarquia liberal podiam, do mesmíssimo modo, ser dirigidas aos políticos da República.
Aqui fica uma excelente entrevista conduzida pelo jornalista da TDM Marco Carvalho durante a visita de D. Duarte de Bragança a Macau, onde se falou, entre outros assuntos, da crise económica e política que se vive em Portugal, da possibilidade de transição para um regime monárquico, da democracia, das relações entre Portugal e Macau/China, de Timor, da descolonização Portuguesa, e do caso da bandeira monárquica hasteada no consulado de Macau em 2010.
É a evidência da validade cada vez mais actual do ideal monárquico, mas também a prova de que um jornalismo inteligente, isento e descomprometido ainda é possível.