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"O Auditório da Biblioteca Central da Universidade da Beira Interior acolhe, esta segunda-feira, dia 28 de maio, a partir das 15h00, a apresentação das obras “Guerrilhas e Lutas Sociais. O MPLA Perante Si Próprio (1960/1977). Ensaio de História Política” (Mercado de Letras Editores) e “A Criança Branca de Fanon” (Mercado de Letras Editores) da autoria de Jean-Michel Mabeko-Tali e Alberto Oliveira Pinto, respetivamente, que marcarão presença na sessão, junto com a editora, Cláudia Peixoto.
"A apresentação dos livros estará a cargo de Samuel de Paiva Pires (Diretor do 2.º Ciclo/Mestrado em Relações Internacionais da UBI), Cristina Vieira (Diretora de Curso do 2.º Ciclo/Mestrado em Estudos Lusófonos da UBI) e José Carlos Venâncio (Diretor de Curso do 3.º Ciclo/Doutoramento em Sociologia).
"De entrada livre, a iniciativa é promovida no âmbito dos 2.º Ciclos/Mestrados em Relações Internacionais e em Estudos Lusófonos."
...“na História de Portugal não há nenhuma mulher com a dimensão de Maria Eugénia Neto”.
Em poucas palavras, a polémica(zinha) gira em torno de um sujeito que dava pelo nome de Neto e que foi em devido tempo abatido aos efectivos da Internacional pelos perigosamente zelosos serviços de saúde da URSS. Portuguesmente falando, "limparam-lhe o sebo", numa exacta cópia daquilo que prodigalizaram ao argelino Houari Boumedienne. É o que se diz em Luanda.
Antes de Abril de 1974, Neto viu a sua organização tornar-se num ridículo grupúsculo sem qualquer importância e precisamente por isso, os seus tutores de Moscovo preparavam-se para lhe retirar o apoio. No terreno, os pérfidos portugueses tinham vencido a guerra, liquidado a FNLA, colonizado a UNITA e quanto ao MPLA, reduziram o conflito à dimensão de meras patrulhas de manutenção da segurança das fronteiras. Já após o desastre que vitimaria milhões em menos de quinze anos, aconteceu um daqueles típicos ajustes de contas entre camaradas - o bom exemplo de 1936 estava apenas a quatro décadas de distância - e num ápice, foram eliminados mais de trinta mil "divisionistas". O dó e a piedade também não contaram nesta espécie de reedição dos Processos de Moscovo e esta é uma verdade pesada, absoluta. Tal não significa que o Nito Alves ou a Cita Vales fossem grandes peças a considerar ou bípedes merecedores de pranto, mas também não valerá a pena negar aquilo que Angola inteira - do Congo ao Cunene - muito bem sabe.
Talvez fosse positivo ficarmos a saber algo acerca desta "heroína dos trópicos". Quem é? Será mais uma espécie de Jinga-windeck? A verdade é que jamais tinha ouvido falar na dita senhora.
...pobre pindéricos serão, quando comparados com esta impressionante obra de José Eduardo dos Santos. Ajudado pela prestimosa Teixeira Duarte - antes esta que uma outra empresa europeia ou americana -, o presidente angolano ficará nos anais da história do seu país. Pela presente e pelas outras razões que todos conhecemos. A independência trouxe algumas vantagens para certos sectores, pois jamais um Governador-Geral português se atreveria a um centésimo de tantos exotismos.
Entretanto, uma visita à Luanda do "cai na real", consiste numa experiência inesquecível. Se alguém conseguir sobreviver e regressar vivo à "Metrópole", claro. Escabrosas cenas como esta, esta e esta, podiam servir de aviso aos abusadores. Infelizmente, o livre arbítrio parece prevalecer.
Em Angola as movimentações populares também se verificam. Neste caso, e da autoria do próprio Comité de Especialidade do MPLA para a Mudança, foi-nos hoje enviada a Circular 01/CEMPLAM/2011 com o seguinte conteúdo:
"Caros Camaradas
Compatriotas
As revoluções populares que estão a varrer as ditaduras do Norte de
África em breve cruzarão a África Sub-Sahariana.
São os ventos da mudança.
Angola tema uma das mais longas ditaduras em África e no mundo. Angola
tem um dos regimes mais corruptos e arrogantes do mundo.
Caros Camaradas
Compatriotas,
Precisamos de calma, inteligência e solidariedade para realizarmos a
mudança de regime sem violência nem pilhagens.
Como membros do MPLA, lançamos o Comité de Especialidade da Mudança.
Este comité vai juntar a vontade dos militantes que desejam o derrube
pacífico do Presidente do nosso partido e da República, o Camarada
Engenheiro José Eduardo dos Santos.
O MPLA precisa de se adaptar às novas circunstâncias em que a vontade
popular supera hoje as ditaduras.
Em Angola, a ditadura é exercida pelo Camarada Presidente Dos Santos e
um grupo muito restrito de membros do MPLA, como o Feijó e o Manuel
Vicente; oficiais generais, como o Kopelipa e José Maria, oficiais
comissários como o Nandó e o Sebastião Martins; e uma cambada de ladrões
a todos níveis da administração do Estado.
Este não é o MPLA do povo. O verdadeiro patriota nada tem a ver com este
MPLA. Temos de salvar o MPLA, para salvarmos a Nação.
Compatriotas,
O Camarada José Eduardo dos Santos não vai arrastar o MPLA para a
tragédia, como o Savimbi fez com a UNITA, por obsessão, arrogância e
desafio aos ventos da mudança. Como patriotas e membros conscientes do
MPLA não permitiremos que o Camarada Presidente siga o caminho do
Kadhafi que prefere destruir o seu país e morrer no poder.
Camaradas,
Aproveitemos a festa de carnaval que se aproxima, para nos manifestarmos
contra o Camarada José Eduardo dos Santos. Ele vai estar lá. Vamos todos
gritar ABAIXO O DITADOR! Ali mesmo no Carnaval, na Marginal.
Aproveitemos todas as manifestações do MPLA para mostrarmos que o MPLA
não é o Camarada José Eduardo dos Santos.
O MPLA deve estar do lado do povo que sofre.
O MPLA deve expulsar os corruptos!
Viva o Povo Angolano!
Viva o MPLA!
Abaixo o Camarada Ditador José Eduardo dos Santos
Sambizanga, 26 de Fevereiro de 2011"