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Provavelmente é um lance de pessimismo antopológico da minha parte, mas, cada vez mais me convenço que Portugal é um país visceralmente corrupto. Desde o escalão mais alto do poder até à simplicidade improvisadora do Manel de Fornos de Algodres. Tornámo-nos demasiado proclives ao esquemismo dos pequenos poderes. Ao curto-termismo dos estarolas da província. Basta circular por alguns municípios e atentar à distribuição dos dinheiros públicos e lugares para entender cabalmente o que eu quero dizer. O localismo em Portugal é uma quimera. Perigosa e adulterável. Como tudo o que surge por cá.
André Azevedo Alves, Municipalismo:
«O número de freguesias - superior a 4000 - pode impressionar (especialmente para quem, de fora, não conhece a realidade no terreno), mas a verdade é que o respectivo peso em termos orçamentais é pouco mais que insignificante. Já o impacto em termos de perturbação das comunidades locais e de desrespeito pela respectiva história colectiva será significativo. Pior: o redesenho das freguesias a régua e esquadro imposto de forma centralizada e para a troika ver inevitavelmente desestruturará muitos mecanismos de governação local e de proximidade que funcionam relativamente bem.»