Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Pelos motivos fartamente conhecidos, há que ter uma constante atenção à nossa representação diplomática em Macau. Escapando por momentos ao incontornável e bastas vezes suspeito assunto da emissão de passaportes portugueses, desta vez o problema é outro. Por uma questão de "mostrar bandeira" e simbolicamente dizer aos macaenses que os acordos assinados com a China não foram esquecidos, estave prevista uma visita do Navio Escola Sagres. Tal cortesia foi impedida não se sabe bem como e porquê, alegando-se com o motivo de ser um "navio de guerra" e como tal estar impossibilitado de entrar nas águas da Região Administrativa Especial de Macau. Assim, o desagradável contratempo foi imputado à China. O Estado Sentido oportunamente publicou fotografias de vasos de guerra da Royal Navy em Hong Kong, mostrando-se o absurdo de tal escusa.
Mas afinal, o problema parece ser outro e pouco terá a ver com exigências chinesas. Desta vez e passando sobre questões de procissões e outros rituais católicos mal vistos por quem julga poder mandar, o cônsul limpou as mãos ao avental e vetou uma exposição de fotografia alusiva à vida a bordo do Sagres. Chegam agora notícias de Macau e pelo que podemos compreender, o afastamento do Sagres deveu-se a uma teima do cônsul "de Portugal" naquele território. Quais os motivos? Poucos saberão encontrar uma explicação plausível, mas dadas as piramidais questões naquele espaço geográfico do Grande Oriente, talvez seja uma boa ideia deixarmo-nos de compassos de espera e passemos a fazer figas para que o Palácio das Necessidades actue sem mais tardança.
Agora, o olho que tudo vê não deverá cerrar a pálpebra e actuar em conformidade, até porque se diz que o verdadeiro motivo da cansada e triangular antipatia consular, reside apenas no símbolo que o Sagres ostenta nas suas velas.
“Esse senhor nunca falou comigo e não tenho que dar explicações sobre como gasto o dinheiro do Estado”, diz o detentor do livro de cheques consular. Pois está muito enganado e quanto a nós, Paulo Portas bem podia começar por profanamente varrer aquele pagode. Ou será melhor chamar-lhe templo?
"Isto exalta uma nação e há que dizê-lo com razão, o maior mastro do mundo é português". Não assustou os chineses, porém.