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Niall Ferguson, "There's more than one side to the story":
I do not remember Biden, much less his boss, tweeting “There is only one side” after any Islamist atrocity. On the contrary, president Obama often used his considerable eloquence to make just the opposite point. In his speech following the 2012 Benghazi attacks, he even went so far as to say: “The future must not belong to those who slander the prophet of Islam,” as if there were some moral equivalence between jihadists and those with the courage to speak critically about the relationship between Islam and violence.
Last week one of the chief executives who repudiated Trump, Apple’s Tim Cook, announced a $1 million donation to the Southern Poverty Law Center. Yet that organization earlier this year branded Ayaan Hirsi Ali (full disclosure: my wife) and our friend Maajid Nawaz “anti-Muslim extremist.” That word “extremist” should be applied only to those who preach or practice political violence, and to all who do: rightists, leftists, and Islamists.
Trump blew it last week, no question. But as the worm turns against him, let us watch very carefully whom it turns to — or what it turns turn into. If Silicon Valley translates “There is only one side” into “Censor anything that the left brands ‘hate speech,’” then the worm will become a snake.
No país que se situa nas imediações das Berlengas, eles parecem sempre muito justamente irritados com os casos de corrupção que se tornaram na imagem do regime. Vociferam contra os banqueiros e políticos a soldo, apontam exemplos suficientes para a compilação de vários almanaques de falcatruas, apresentam-se como autarcas exemplares. Paradoxalmente, consideram os eventos posteriores a 1989, como calamidades que destruíram um mundo idílico.
Desde o primeiro momento do arriar da bandeira vermelha nas sedes de governo de todas as capitais do leste europeu, ocorreu algo de inesperado. Miraculosamente brotou uma infindável safra de desapiedados capitalistas, apossando-se das empresas que a propaganda dizia serem propriedade do povo. Os sicofantas do PCUS souberam recauchutar-se e o dinheiro apareceu como a chuva de outono. Sabiam-na toda, desde as formas como coagir o mercado, até às manobras bolsistas, transferências de capital, subornos, coacção moral e física, compras a eito no ocidente e claro está, a garimpagem de esconderijos para o seu dinheiro de questionável proveniência. No campo político, logo aqueles países assistiram a virulentos nacionalismos que ameaçaram a ordem internacional e sobretudo, emergiram organizações que em nada ficavam a dever àquelas que nos anos quarenta se apresentaram como co-beligerantes na cruzada nacional-socialista contra Estaline. Existe um país onde a comparação pode e deve ser feita como bom exemplo das estranhas lições e práticas ministradas pelos obedientes seguidores de Moscovo. Na Alemanha, bastar-nos-á consultar os resultados das sucessivas eleições locais ou nacionais ocorridas desde a reunificação, para ficarmos cientes das enormes diferenças quanto à receptividade da mensagem dos herdeiros do III Reich. No território da antiga RDA, os camisas castanhas são incomparavelmente mais representativos, enquanto na zona ocidental consistem num episódio residual.
Sabemos o que se passa na Polónia, na Hungria, nos países bálticos, nos territórios da desaparecida Jugoslávia e na Roménia. Na própria pátria-mãe do comunismo, as últimas semanas têm-nos mostrado discursos oficiais carregados de antifascismo, mas a verdade é outra. Pululam os grupos de vigilantes, os Sieg Heil fazem parte dos pregões urbanos e se são agora secundarizados pelos media, tal se deve aos acontecimentos ucranianos. Mais a ocidente, na Ucrânia, todos vimos quem tomou parte muito activa no derrube do governo de Ianukovich e também conhecemos a origem e significado daquela bandeira preta e vermelha que flutua sobre os edifícios de Kiev. Dir-se-ia que a gente de Bruxelas foi acometida de loucura colectiva, envolvendo-se neste imbróglio demasiadamente paralelo aos acontecimentos imediatamente anteriores ao assassinato do arquiduque Francisco Fernando.
Mais de sete décadas de regime soviético, uma sangrenta guerra russo-alemã - com participação finlandesa, eslovaca, italiana, croata, húngara, rexista belga, voluntária francesa, etc - e o resultado do regime do PCUS está à vista.
No seguimento deste post, permitam-me salientar mais um exemplo de outro erro crasso de Zizek. Afirma o dito filósofo que os nazis eram tradicionalistas, que a sua revolução visava restaurar uma ordem tradicional. Limito-me a citar Leo Strauss, em "German Nihilism", onde, a dada altura, evidencia que no pós I Guerra Mundial existia um confronto entre os jovens alemães niilistas, muitos dos quais viriam a ser Nazis, e os progressistas, que, paradoxalmente, defendiam os ideais da civilização moderna:
"Thus it came to pass that the most ardent upholders of the principle of progress, of an essentially aggressive principle, were compelled to take a defensive stand; and, in the realm of the mind, taking a defensive stand looks like admitting defeat. The ideas of modem civilisation appeared to the young generation to be the old ideas; thus the adherents of the ideal of progress were in the awkward position that they had to resist, in the manner of conservateurs, what in the meantime has been called the wave of the future. They made the impression of being loaded with the heavy burden of a tradition hoary with age and somewhat dusty, whereas the young nihilists, not hampered by any tradition, had complete freedom of movement - and in the wars of the mind no less than in real wars, freedom of action spells victory."
De resto, recomenda-se fortemente, a Zizek e aos que, como ele, pensam que os Nazis eram tradicionalistas, a leitura do artigo na íntegra.