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Relativamente aos chamados "grandes", estou verdadeiramente surpreendido com o baixo nível de argumentação que a corrente campanha eleitoral exibe. Além de nada haver para dizer relativamente a essa coisa "Europa", os costumeiros assuntos nacionais resumem-se a braçadas de insultos, laçadas de armadilhas e ramadas de insinuações de vigarice sobre tudo e todos. Mimos acompanhados com muita lama e vociferar num português de chanca de feira. Pouca ou nenhuma participação popular, humilhantes submissões ao populismo beijoqueiro, "comícios" de repasto, etc. Uma vergonha.
O descrédito do sistema no seu todo parece ser o móbil dos oponentes em disputa na caça ao voto, absurdo que para mais, se torna numa evidente contradição. Desacredita-se, amaldiçoa-se e berra-se contra o engano, para finalizada a ora, se apelar à ida às urnas*.
Que gente!
Se no próximo Domingo estiver a canícula previsível, creio que a abstenção atingirá alturas estratoesféricas.
*Mas lá irei.
Pelo que parece, a proeminência dada ontem à Casa Real durante as comemorações oficiais do Cristo-Rei, aborreceu alguma gente. Pelo que se diz, estava a televisão do Estado a entrevistar o senhor D. Duarte, quando o presidente chegou, sem que a RTP fosse logo a correr em acto de submissão, para transmitir o transcendente acontecimento. O que poderá interessar aos portugueses, a cobertura da chegada ao local do Capa d'Ócio? A RTP fez bem em ignorar a dita individualidade. Não é ele o chefe de um Estado que se diz laico e onde a igreja católica deve ser considerada apenas como uma entre outras? Então não se admire.
E é melhor que se vá preparando para pior, pois a sua prevista visibilidade na comemoração do famigerado centenário ainda lhe reservará uns enxovalhos bem mais gravosos. Não é nada de pessoal, apenas um ajuste de contas com a justiça dos homens. Habituem-se.
Agora fica o sr. Cavaco Silva a saber qual o seu lugar. Sem fitas, foguetório ou vanitas.