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Muito bem o CDS

por Samuel de Paiva Pires, em 23.12.15

Portas cumpre o que prometeu a Costa e o CDS vota contra o Orçamento Rectificativo. Mesmo que o PSD se abstenha ou vote a favor, pelo menos o partido que integro vota da forma mais acertada, o que me leva, hoje, a sentir-me plenamente representado pelos seus líderes.

publicado às 11:21

Isto

por Samuel de Paiva Pires, em 23.12.15

Luís Menezes Leitao, Oposição a sério, precisa-se:

 

Se, como tudo indica, o PSD viabilizar o orçamento rectificativo, acho que deve ser Passos Coelho a demitir-se da liderança. O país precisa de uma oposição a sério a este governo e não de partidos amorfos, que vêem o seu próprio governo ser derrubado e vêm logo a seguir oferecer a outra face, apoiando quem os derrubou. E não me venham com a treta do interesse nacional. O interesse nacional é precisamente que não sejam gastos os 3.000 milhões que se quer meter no BANIF, agravando o défice e a dívida. O voto do PSD a favor deste orçamento só demonstrará uma coisa: que António Costa tem todas as condições para ser primeiro-ministro. Pedro Passos Coelho é que não tem manifestamente condições para continuar a liderar a oposição.

publicado às 09:51

António Costa nunca esteve em Lisboa

por John Wolf, em 05.09.14

Demagogia é uma doença grave. Afecta grande parte dos membros políticos da nossa sociedade. Mas existe outra patologia ainda mais grave - a mentira. E mesmo que a mesma seja repetida vezes sem conta, não se transforma em verdade. Quando António Costa afirma que oito orçamentos rectificativos são a prova de que o governo falhou, deveria virar a sua lupa de inspector para a gestão da Câmara Municipal de Lisboa (CML) e as contas habilmente camufladas pela venda de património ao desbarato, entre outras manobras. O presidente de câmara, que teve a oportunidade concedida por diversos mandatos para provar a sua competência, não pode, à meia-volta, omitir a sua vida autárquica, quando apresenta as credenciais aos eleitores, simpatizantes ou não. Se bem me recordo, quando lá chegou (à CML), para fazer face ao balancete, obteve um empréstimo de 500 milhões de euros (estarei enganado?) que foi muito conveniente para dar o ar de graça de contas saudáveis. Embora os socialistas se afirmem quase "racialmente" diferentes dos outros (melhores e mais iluminados), em abono da verdade não praticam uma religião diferente. Quando o governo decidiu alienar empresas públicas houve logo um coro de protesto sobre a perda de soberania e entrega de empresas-bandeira, mas Costa não faz algo diverso. Vende uma parte da história de Lisboa com o mesmo sentido de urgência. Ou seja, se os portugueses forem objectivos na análise dos factos, terão de interpretar e validar a obra de António Costa na autarquia lisboeta. O seu estágio camarário deve servir de teste para voos maiores, para a sua promoção ou não. Qual o resultado da conta de somar e subtrair na gestão de Lisboa? É esse o critério que deve servir para organizar o processo de reflexão respeitante à eleição, numa primeira fase, de um candidato a candidato, e mais tarde (quando porventura for tarde demais), de um candidato a primeiro-ministro. O departamento de comunicação da CML pode produzir todos os videos catitas que quiser, com um décor pejado de amigos à volta da clareira, mas esses diaporamas contam apenas metade da estória. Não me venham com a cantiga que o país foi à ruína, mas que existe uma excepção, um estado-exíguo, a ilha de deslumbramento onde a devastação não chegou. Lisboa responde perante o país, assim como António Costa.

publicado às 09:22

Política rectificativa para totós

por John Wolf, em 26.08.14

 

Algumas factos que confirmam que os governantes (actuais e futuros) são totós:

 

1. O impacto do descalabro do Grupo Espírito Santo no PIB ainda está por ser apurado, mas situar-se-á no intervalo dos 2 aos 4% negativos.

 

2. Os efeitos negativos da austeridade suplantam largamente os seus benefícios, pelo que a mesma obrigará a ainda mais impostos na descida ao fundo do poço económico e social.

 

3. O desemprego nunca regressará aos valores convencionais, pelo que a sua expressão estrutural (e optimista) andará próxima dos 10%.

 

4. O socialismo, ou a social-democracia, nos moldes anteriormente praticados (e que levaram diversas nações europeias à falência), nunca poderão renascer baseados nos mesmos modelos de "negócio" social. 

 

5. A centralidade da crise europeia significará, em última instância, que os "tradicionais" dadores/credores irão dedicar a sua atenção económica e social às dimensões domésticas dos problemas.

 

6. A crise ucraniana e o consequente agravamento das linhas orientadoras da política-externa russa, irá surtir efeitos negativos no conceito de "paz relativa" a que a Europa estava habituada.

 

7. O conflito israelo-palestiniano, embora não coincidente com uma crise energética, acabará por gerar desequilíbrios nesse sector.

 

8. A tradicional lentidão do Banco Central Europeu, e em particular no que diz respeito à implementação de medidas de estímulo da Zona Euro, obrigará, um pouco mais tarde, a uma acção ainda mais vigorosa e com efeitos de desequilíbrio intensos nos mercados financeiros.

 

9. A possibilidade de mais empresas do sector financeiro, ou outras de dimensão assinalável, estarem envolvidas em esquemas fraudulentos.

 

10. A mais que provável reedição de uma crise financeira à escala global, semelhante ou superior àquela registada em 2008.

 

10. E, por último, a possibilidade de um facto de "força maior" determinar um curso de acção não tido em conta pelos decisores políticos, nomeadamente um flagelo natural, o surto de uma epidemia ou um movimento gerado por largas camadas da população.

publicado às 14:00

Ministério das Garantias

por John Wolf, em 25.10.13

Há palavras que não devem ser utilizadas no jargão diário dos políticos. Uma dessas palavras é "garantia". A garantia pressupõe sempre a reparação do equipamento em caso de avaria. Ora a ministra das finanças garante que o défice não ultrapassará os 5,5%. Refere-se ao orçamento como se de um rádio se tratasse. Como se fosse fácil substituir o transístor queimado por outro e continuar a ouvir a música. Todos sabemos que em política, mais do que noutras disciplinas diletantes, o que é verdade hoje não significa que amanhã o seja. Já sabemos qual vai ser a justificação para a inesperada derrapagem dos números: o INE diz uma coisa e o Eurostat outra (e no meio não está a virtude). Porventura a garantia que refere com tanta convicção tenha uma validade de apenas 24 horas (não sei, é ler a letra miudinha). Realmente, devemos ficar com os cabelos em pé quando nos vêm com estas certezas absolutas. Há tantos factores endógenos e exógenos que podem fazer descarrilar as contas. Até uma criança seria capaz de elencar os riscos inerentes às previsões. Parece que a ministra das finanças não vive neste mundo de precalços e surpresas desagradáveis. Querem uma lista incompleta de catalizadores de escorregadelas? Cá vai: a impossibilidade do governo se financiar no curto e médio prazo por não conseguir regressar efectivamente aos mercados; a continuação do fortalecimento do euro face ao dólar, o que afectará o "bom ritmo" das exportações; uma escalada inesperada do preço do crude nos mercados internacionais decorrente de um evento excêntrico (uma guerra ou a escalada da situação na Síria); o agravamento dos juros de dívida nacional em consequência do mau comportamento das economias francesa ou italiana (ou seja, o efeito de contágio de outros países); o efeito das greves e manifestações nas receitas e em sede de IRS e IRC; as remessas de emigrantes que deixaram de ser repatriadas (porque afinal é melhor não regressar a Portugal); a possibilidade de uma catástrofre natural para juntar às políticas, e por último, a própria falência do avalista. A possibilidade do fabricante declarar insolvência e dar como nulas as claúsulas contidas na tal garantia. A hipótese do governo, e por arrasto o Estado, deixarem de funcionar numa lógica de último garante da nação. Pois é. Não sei se lêem com atenção aqueles certificados que geralmente acompanham a aparelhagem novinha em folha? Aquele documento que traz um selo prateado, a marca do fabricante e que se designa por garantia? O que diz, preto no branco? Diz que se  mexerem no mecanismo interno a garantia vai à vida. Cá para mim o governo já mexeu vezes sem conta no mecanismo interno e já meteu os pés pelas mãos, que o cidadão nacional não pode dormir descansado com a cabeça encostada ao travesseiro da garantia. Decididamente, e há já muito tempo, as garantias políticas passaram a significar algo diverso - um sinónimo de falsa promessa.

publicado às 15:17






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