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Nunca na história da humanidade havíamos assistido a tantos divórcios. Somos testemunhas do divórcio entre a política e o bem comum. O divórcio entre a economia e os mercados financeiros. O divórcio entre a ética e o comportamento humano. O divórcio entre a televisão e o serviço público. O divórcio entre a inteligência e a cultura. O divórcio entre a espiritualidade e a fé. O divórcio entre a sexualidade e o amor. O divórcio entre o desporto e o jogo. O divórcio do sonho e do eu. O divórcio do homem e do homem. Sem desejar ser cínico, talvez possa afirmar, que as famílias convencionais acabaram, que os casais que sustentaram as nossas convicções já não são fíguras de referência. Pouco resta dessa ilusão, o cordão bilical que nos liga na corrente, no movimento pendular que balança como um amuleto ao peito, um raio tombado dos céus para nos iluminar e cessar no mesmo instante.