Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Ah e tal o governo fez 3 nomeações por dia desde que tomou posse e os Ministérios da Agricultura e da Economia nomearam 91 e 86 novos funcionários respectivamente.
Claramente que lido assim soa mal - que horror o novo governo anda a impingir-nos medidas e mais medidas de austeridade e depois anda a contratar 3 funcionários por dia - é o desplante.
Pequeno pormenor, regra geral as notícias têm mais que um simples soundbyte, além deste, existe, regra geral o corpo da notícia, ou seja a explicação e o real conteúdo da notícia, e para que os leitores estejam devidamente informados é necessário ler este mesmo corpo da notícia e porquê? Para não se indignarem e refilarem sobre o que não sabem.
Pegando novamente na questão anterior, na minha perspectiva e só para dar uma visão correcta da realidade, acho importante referir que estes dois Ministérios, são os Ministérios que actualmente agregam, no primeiro caso, o anteriores ministérios da Agricultura com o do Ambiente e, no segundo, os antigos Ministérios da Economia, das Obras Públicas e do Trabalho.
E que ainda assim os gabinetes de Assunção Cristas e Álvaro Santos Pereira conseguiram reduzir o seu pessoal em 118 pessoas, poupando 300 mil euros por mês em salários em relação ao anterior governo, o que representa menos quatro milhões de euros por ano gastos em salários nestes gabinetes.
Noutros Ministérios, como é o caso da Defesa, Administração Interna, Assuntos Parlamentares, Economia, Agricultura, Saúde, Educação, Cultura e, também, na Secretaria de Estado do Adjunto do Primeiro-Ministro, foram reduzidos 274 postos de trabalho, o que representa menos cerca de 740 mil euros por mês - que no final do ano diminui "a conta" em cerca de 10 milhões de euros em salários.
Bem, que escândalo de nomeações, realmente, não sei como tiveram a ousadia de diminuir os gastos de salários em 10 milhões.
Não sei se o mais tudo giro de isto é constatar que as pessoas não leêm as notícias ou verificar que o PS - que enfim, é o PS - acusa o governo de criar lugares para os boys.
A sério tem a sua piada, é giro, dá vontade de rir. É a política, estúpida.
"O presidente do governo regional da Madeira, Alberto João Jardim, vai abordar hoje com o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, as condições do plano de resgate financeiro num montante superior a seis mil milhões de euros."
Não lhes podemos dar só a indepêndencia? Ou vamos ter mais do mesmo? - os Portugueses a apararem os golpes deste ser.
(imagem do quadro "Origem do Mundo" de Courbet tirada daqui)
Ora então creio que deviam criar milhares de postos de trabalho para efectuar aquilo que acabo de ouvir Mário Crespo na SIC Notícias definir como "apreensão cautelar". É que há para aí revistas espalhadas em papelarias, quiosques e afins com imagens de sexo explícito à vista de qualquer pessoa. É apreendê-las todas!
Ler ainda João Paulo Sousa no Da Literatura.
Uma só palavra: palhaçada. A do deputado do PND, a do PSD, a de todos os envolvidos. Não há melhor palavra para o descrever, simplesmente: PALHAÇADA.
E não há paciência para escrever sobre palhaçadas...
Debates na Assembleia da República. Meia dúzia de bobos falantes e uma ou duas centenas de espectadores ignorantes que aplaudem. É o autismo, o crescente autismo político das élites do regime.
A entrevista de Medina Carreira no telejornal da SIC fica marcada por um alegado pessimismo, como lhe chamou o jornalista que ia conduzindo a mesma (não me recordo do nome), a que eu prefiro chamar de realismo. Quanto ao essencial a reter fica a afirmação de que andamos num circo e que isto é tudo uma palhaçada. Não poderia estar mais de acordo, parecendo até que me estava a ouvir a mim próprio a falar com familiares e amigos nos últimos tempos, quando na falta de melhores palavras recorro frequentemente à classificação de "palhaçada".