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Ricardo Costa apresenta a Gala do Panamá

por John Wolf, em 09.04.16

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Quem ontem assistiu à Gala do Panamá, apresentada por Ricardo Costa, no programa o Expresso da meia-noite, teve a oportunidade de ver os jornalistas mais frouxos e comprometidos à face da Terra. A única convidada digna foi a Elisa Ferreira (Socialista - como podem ver, não estou a enviesar-me ideologicamente) que rebateu a tendência de relativização dos males dos offshores operada pelos jornalistas e os seus convidados.  Se repararam com atenção, havia um nervoso miudinho por aquelas bandas. Parece que esta história pode comprometer certas pessoas. O que vale é que o jornal Expresso, assim como a TVI, não valem grande coisa no universo de jornalismo sério e idóneo. O que vai safar os portugueses, ávidos por saber quais os ex-ministros e afins metidos ao barulho, é que os jornalistas de meia-tigela desta praça não têm o exclusivo do franchising do escândalo. Se não for o Expresso ou a TVI a "botar a boca no trombone", poderemos contar com a irresistível força do disclosure que já está em marcha a nível internacional. Correio da Manhã? Mexe-te. O Expresso está tão orgulhoso por colocar três tristes tigres (um foi águia) na capa do seu semanário - Luís Portela, Manuel Vilarinho e Ilídio Pinho. Que vergonha. E desde quando o Expresso tem a autoridade para servir o público às pinguinhas? Portugal precisa de uma bomba. E sem demoras. O Expresso, em particular, deveria ser alvo de investigação do tal consórcio internacional de jornalistas. Há sempre toupeiras e traidores dentro das organizações.

publicado às 08:46

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O grande amigo de Ana Catarina Mendes, Fernando Rocha Andrade - o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais -, quer levar o escândalo Panama Papers até às últimas consequências. Acho muito bem que haja um socialista disposto a limpar a sua casa (e quem sabe a dos outros). As palavras que lhe saem da boca podem sair caras. Vamos ver qual o enquadramento fiscal a atribuir a José Sócrates. O fiscal (ista) podia, no entanto, ser mais incisivo, mais contundente. Foi muito lacónico. Os portugueses envolvidos não são uns Idalécio quaisquer. É necessário alguma argúcia e sofisticação para entrar nestes esquemas. É preciso algum cinismo de algibeira, e capital amigo. Não interessa a cor política ou a obra literária que possa ter servido de inspiração. A Esquerda, em particular, vai ter algumas dificuldades em descalçar algumas botas. Mas adiante. Rocha Andrade, se fosse idealista e justiceiro como deve ser, teria proposto logo um varrimento à situação patrimonial e fiscal de todos os políticos, passados, presentes e (já agora) do futuro. Quem não deve não teme. Poderia ser a oportunidade perfeita para tirar a limpo aquele mito urbano dos diamantes africanos, da avioneta e uma Jamba qualquer. Acho piada a tese moralista e simultaneamente voluntarista de João Galamba - “Não há maior crime contra a democracia do que a fuga aos impostos”, (...) e  o problema deve ser resolvido com base na “cooperação multilateral”. Cooperação multilateral uma gaita. O delfim socialista nem sabe a sorte que tem em viver no paraíso fiscal português. Se conhecesse um regime tributário autoritário não falava em cooperação multilateral. Os EUA, que têm servido de culpados exclusivos pelos defeitos do capitalismo selvagem, têm provavelmente o sistema tributário mais feroz do mundo. Os cidadãos norte-americanos, onde quer que se encontrem à face da Terra, são obrigados a declarar rendimentos (os da Eritreia também) - por isso não apareceram muitos nomes do Texas na lista do Panama Papers. Mas há algo mais que me preocupa. Não é apenas a origem e a ocultação de fortunas. É exactamente o oposto. Dinheiro dos contribuintes que existem de facto (o cidadão comum) e o descaramento do governo de António Costa (e amigos) na atribuição de fundos a projectos que colocarão Portugal novamente no caminho da ruína. Entre os bananas nacionais e os Panama Papers, venha o macaco e escolha.

publicado às 18:41

TVI: o canal do Panamá

por John Wolf, em 04.04.16

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O socialista João Cravinho deveria ter vergonha na cara. Quem protege? O modo como relativiza o escândalo The Panama Papers traz água no bico. Ao vivo e a cores na TVI tenta embrenhar o espectador mais incauto numa salada de condições técnicas, como se para afastar os holofotes de visados mais específicos. Traduzindo por miúdos, defende que a prática é comum e disseminada por esse mundo fora. Refere a legislação referente a offshores. Por outro lado, os jornalistas da praça deveriam aproveitar o élan para deixar de ser crianças, chamar nomes ao Correio da Manhã e passar ao ataque. Quero ver essa lista completa e não me contento com um Idalécio apenas. Venha de lá essa lavagem a jacto para pôr isto a limpo. Com consequências, claro está.

publicado às 20:14






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