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Definitivamente, a localidade de Paredes - e o pateta PSD lá do sítio- parece estar a tornar-se num local mal frequentado. Diz-se por aí que o edil perdeu a cabeça e resolveu comemorar não se sabe bem o quê e quem, erguendo um pau de bandeira com perto de cem metros de altura. Logo a correr, veio o senhor da tutela manifestar o seu apoio a tal iniciativa, exactamente no momento em que o governo pede sacrifícios e contenção nos gastos. Um milhão de Euros vai custar a brincadeira de mau gosto político e visual. Mau gosto visual, porque a coisa está desprestigiada, pouco tem que ver com o Portugal que interessa - o dos 900 anos de História - e ainda por cima, é feia e simboliza a derrota de um século. Mau gosto político, porque mais uma rotunda ou o trigésimo melhoramento nas infraestruturas desportivas da localidade, seriam obras mais úteis. Mas em Paredes, o dinheiro corre num caudal digno do Amazonas. Não há melhoramentos a fazer nos centros sociais, nem os Bombeiros precisam de mais meios, sejam eles de combate a fogos ou ambulâncias. Em Paredes, a terceira idade vive em casas aquecidas, decentemente construídas e com todos os confortos. Em Paredes, não são necessárias creches nem jardins de infância. Em Paredes, as estradas são impecáveis e o saneamento básico recomenda-se. Então, porque não atirar ao vento mais um milhão desnecessário?
O que vale, é a justiceira natureza que com uma brisa mais forte fará o pano de polyester cobrir uns metros quadrados do buraco de ozono, lá para as bandas do Polo Sul. Enfim, é o parolismo Guiness Record no seu melhor.
Aqui em Portugal e desta vez bem longe de Lisboa, espatifa-se mais uma batelada de massa que escapa à contabilidade dos 10 milhões da Comissão do Centenário, aos 17,5 milhões anuais de Belém e ao "pagamento por conta" aos presidentes passivos ainda no activo do Orçamento de Estado. Sem sequer falarmos mais na comemoração republicana da adulteração do Terreiro do Paço.
Rui Ramos tem razão. A coisa está mesmo por um fio.
É fartar, vilanagem! Irra!