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Quando o partidarismo se sobrepõe ao interesse nacional

por Samuel de Paiva Pires, em 09.06.17

Jamelle Bouie, "Who Needs Rule of Law?":

Just one of our two parties is interested in checking this president’s abuse. The other, the Republican Party, is indifferent, content to tolerate Trump’s misconduct as long as it doesn’t interrupt or interfere with its political agenda. What defined Thursday’s hearing, in fact, was the degree to which Republicans downplayed obvious examples of bad—potentially illegal—behavior and sought to exonerate Trump rather than grapple with Comey’s damning allegations about the president. Sen. James Risch of Idaho, for example, pressed Comey on his claim that President Trump had asked the then–FBI director to drop the investigation into Flynn, suggesting that—because Trump didn’t give a direct order—we ought to ignore the clear subtext of the president’s statement. Sen. James Lankford of Oklahoma described Trump’s actions on behalf of Flynn as a “light touch.” Other Republican committee members, like Sens. John Cornyn of Texas and John McCain of Arizona, steered the conversation toward the FBI’s investigation of Hillary Clinton’s private email server. Still others, like Sen. Marco Rubio of Florida, defended Trump’s actions, blasting leaks to the press as efforts to undermine his administration.

 

Republican committee members were aided in all of this by the official organs of the GOP, which treated the hearings as a distraction—a partisan frivolity driven by Democrats and the press. “Director Comey’s opening statement confirms he told President Trump three times that he was not under investigation,” said a statement from the Republican National Committee that recommended a strategy of deflection. The RNC additionally argued that “Director Comey lost confidence of both sides of the aisle, and the president was justified in firing him.” House Speaker Paul Ryan, commenting on the procedures, defended Trump’s potentially illegal behavior as the mistakes of a novice. “He’s just new to this, and probably wasn’t steeped in long-running protocols,” he said.

 

(...).

 

James Comey’s sworn Senate testimony, both written and spoken, is evidence of one political crisis: A president with little regard for rule of law who sees no problem in bringing his influence and authority to bear on federal investigations. The Republican reaction—the effort to protect Trump and discredit Comey—is evidence of another: a crisis of ultra-partisanship, where the nation’s governing party has opted against oversight and accountability, abdicating its role in our system of checks and balances and allowing that president free rein, as long as he signs its legislation and nominates its judges.

 

Americans face two major crises, each feeding into the other. Republicans aren’t bound to partisan loyalty. They can choose country over party, rule of law over ideology. But they won’t, and the rest of us will pay for it.

 

(também publicado aqui.)

publicado às 17:00

Alexandre Soares dos Santos, ontem à noite em entrevista à RTP (vídeo aqui).

No meio da enorme torrente de opiniões, leituras e prognósticos, o CEO da Jerónimo Martins é das vozes mais lúcidas e descomprometidas do país. Enquanto alguns vêem salvadores da Pátria entre as eminências mais ou menos pardas do regime que nos trouxe à actual situação, bom seria se outros valores, de fora do sistema, fossem aproveitados para o serviço do país. Mas a explicação para isto ser difícil de acontecer provavelmente está no título.

publicado às 12:22

Indicando a porta de saída

por João Quaresma, em 14.12.12

Segunda: «O ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, defendeu hoje, em Bruxelas, uma política industrial europeia mais "amiga do investimento", defendendo que a reciprocidade é a palavra-chave, e critica o "fundamentalismo" de algumas regras ambientais.»

Quinta: «Assunção Cristas desautoriza Álvaro. Ministro tinha criticado regras ambientais "fundamentalistas" que prejudicam a economia. Colega centrista do Governo responde que não podemos voltar ao século XIX e elogia ambição europeia.»

 

Quinta: «O último foi há 45 anos. Portugal vai ter um plano de fomento industrial. Ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, garante que vai estar pronto em Fevereiro e será acompanhado por um comité de sábios»

Quinta: «Número 2 do PSD arrasa estratégia industrial do ministro da Economia»

 

Isto é a política em Portugal. Um professor universitário de Economia é desautorizado no exercício de funções de ministro por dois imprestáveis expelidos pelas máquinas partidárias. E como se não bastasse:

 

Sexta: «Passos Coelho: Descida do IRC só pode ser temporária. A descida do IRC que o Governo está a negociar com Bruxelas, que pretende reduzir a referida taxa bruta de imposto dos cerca de 25% atuais para 10% e apenas para os novos investimentos, só pode, afinal, ser temporária, esclareceu hoje o primeiro-ministro.»

 

Os independentes, os descomprometidos com os poderes e hábitos instalados, os competentes para as funções e todos aqueles que fazem o que está ao seu alcance para servir o interesse nacional são intrusos, são persona non grata. Mesmo que tenham sido convidados. São gente que não interessa e que incomoda o regime.

Isto não tem emenda.

publicado às 21:00

There's no business like show business

por João Quaresma, em 04.07.12

O Euro 2012 acabou, a época de incêndios ainda não pegou e ainda é cedo para o arranque oficial da silly season. Mas a distracção tem de continuar e, mal se ouviu o apito final de Pedro Proença em Kiev, logo estreou uma nova novela protagonizada pelo mal-amado Miguel Relvas, hoje reforçada com o folhetim do bem-amado Macário Correia. O povo quer ver ficção ciêntífica com políticos na cadeia, mas se o reality show os mostrar a fingir que estão a ter problemas com a "Justiça" ou em maus lençóis já é bom. Até ao fim do mês, altura em que as forças vivas da República se exilam no reino dos Allgarves (onde os espera um espectáculo automobilístico memorável na EN 125), poderemos esperar mais alguns casos obviamente escandalizantes, gritantes e fascinantes que irão encher os noticiários e debates televisivos, os jornais e a blogosfera. Aquilo de que estamos a ser distraídos virá visitar-nos mais tarde.

O marketing comanda a vida e sempre que o homem marketeia o mundo pula e avança. Façam o favor de ser felizes.

publicado às 01:30






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