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Mas sujeito a tratos de polé; seja no domínio arquitectónico, artístico, literário, é por nós ignorado, maltratado. Deixamos que o tempo actue livre e implacavelmente, até esconder debaixo de uma fantasmagórica e asfixiante camada de pó aquilo que, para proveito de todos, devíamos acarinhar.
Tomar conhecimento de um projecto que se dedica a recuperar, e divulgar, o que musicalmente nos enriquece, só pode ser mesmo motivo de regozijo: é esse trabalho minucioso, o ideal de preservar o que no campo da música erudita em Portugal se fez, ao longo dos tempos, e continua a fazer-se, que anima as pessoas que conceberam o Atrium, e nele trabalham entusiasticamente.
Que, também aqui, a esperança seja a última coisa a perder-se.
Não podemos admitir que, por exemplo, um tão grande valor do Barroco, como foi Carlos Seixas, continue a ser muito mais reconhecido no estrangeiro do que entre nós....