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Não há muito a dizer sobre a entrevista de José Sócrates. O "animal feroz" continua mal educado, sem vergonha e a utilizar as mesmas tácticas de manipulação e distorção da verdade e de vitimização. Nunca foi, nunca será um estadista. É um politiqueirozinho, uma das piores criações do sistema das jotas, alguém que rebaixou o debate político a níveis que afectam negativa e indelevelmente um regime democrático, que esmagou moralmente Portugal com a sua arrogância, falta de educação, incompetência e nepotismo, e que depois de ter arruinado financeiramente o país é capaz de dizer que não apresentará nenhum pedido de desculpas aos portugueses por ter deixado o país nas mãos da troika porque não aceita esta responsabilidade.
Impõe-se, contudo, fazer duas notas a respeito da RTP. A primeira, para dizer que Paulo Ferreira e Vítor Gonçalves, tal como Judite de Sousa, são jornalistas fracos e mal preparados para enfrentar Sócrates. Não sei se haverá alguém no jornalismo nacional capaz de o enfrentar, mas não creio que custe muito ser combativo, falar mais alto que ele, falar por cima dele - uma das tácticas que o próprio usa amiúde para calar os jornalistas - e interromper os seus monólogos e distorções confrontando-o com factos objectivos, com as suas mentiras e com atitudes deploráveis que tomou e toma mas que tem por costume acusar os seus adversários de tomar, aproveitando logo para se vitimizar. Não é difícil enfrentá-lo, só é preciso ter algo que, infelizmente, parece desaparecido do jornalismo português: coragem.
A segunda, ainda a respeito do programa de comentário político que Sócrates terá na RTP e da contestação ao mesmo. Ao contrário do que algumas viúvas socráticas e o próprio querido líder querem fazer parecer, não está em causa a liberdade de expressão de José Sócrates. Sócrates tem todo o direito de responder aos seus adversários políticos. Pode fazê-lo noutras televisões, nos jornais, ou, por que não, em blog. Com certeza que seria sempre lido e ouvido por muita gente. Mas fazê-lo na televisão pública, paga compulsoriamente por todos nós, é uma afronta difícil de ajectivar. Por isso mesmo, este parágrafo de Esther Mucznik é certeiro. Também e especialmente por se prestar a ser um joguete nas mãos de políticos, a RTP há muito que já deveria ter sido privatizada.
Por último, relembremos estas sábias palavras de José Sócrates:
Um excelente artigo de José Manuel Fernandes.