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A anunciada candidatura de Luís Filipe Menezes à edilidade portuense foi para muitos, entre os quais me incluo, uma notícia terrífica. Sim, leram bem, uma notícia terrífica. Adoptei este tom hiperbólico por uma razão muito simples: Menezes é um lídimo representante do pior da tradição despesista desta III República, que, na sua ambição desmedida, nunca hesitou em usar e abusar dos recursos públicos com o único fito de arrebanhar o apoio eleitoral dos seus munícipes. Uma direita que se preze jamais apoiará a desordem orçamental menezista. Repito, uma direita que se dê ao respeito jamais apoiará a balbúrdia do gasto excessivo. A posição adoptada pelo CDS/Porto, encomiável ou não, foi uma pedrada no charco do unanimismo politiqueiro que se vinha formando em torno de uma candidatura cujos deméritos sobrepujam em muito os méritos, se é que eles existem. O pronunciamento programático veiculado pelo líder do CDS/Porto, Pedro Moutinho, é tão-só a transposição para o âmbito autárquico do novo mantra político vigente no Portugal "troikado": o mantra do rigor e da poupança públicas. A constatação de que "a cidade e o País não têm dinheiro para este tipo de gestão" é um manifesto de responsabilidade política, cuja crítica deveria embaraçar aqueles que, noutros fóruns, são estrénuos defensores do enxugamento do estadão. Há dualidade de critérios na opção política anunciada pela estrutura concelhia do CDS/Porto? Não. Ademais, há quem se que esqueça, deliberadamente ou não, da autonomia das estruturas partidárias concelhias na prossecução das suas estratégias políticas. O CDS/Porto denotou aquilo que, desafortunadamente, não abundou no PSD: bom senso e respeito pelos cidadãos contribuintes.
Nota: Rui Moreira seria um excelente candidato. Bem preparado, metódico, e um bom conhecedor da cidade. Resta saber se estará disponível para um desafio desta magnitude, e se terá, também, o acompanhamento das forças vivas da cidade.