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Poucas semanas depois, CDS e PSD têm a oportunidade de cumprir o que prometeram a António Costa. Basta recusarem-se a aprovar o Orçamento Rectificativo. É o que Costa merece e, além disso, é o mais acertado perante a desastrosa solução encontrada para o BANIF. Veremos se mantêm o que Portas prometeu e não se deixam ficar reféns de Costa e de um alegado pragmatismo que habitualmente passa por responsabilidade e sentido de Estado, mas que frequentemente serve apenas para justificar más decisões.
Tomou hoje posse o XX governo constitucional.
A PaF ganhou as eleições com cerca de 38% dos votos, o Senhor Presidente da República deu e muito bem posse a Pedro Passos Coelho.
A oposição resolveu não comparecer na tomada de posse , com excepção do PS que enviou o deputado Galamba, quando o normal é serem representados pelas principais figuras parece estranho.
Que o PC partido não democrático não esteja presente, não aquece nem arrefece. O BE idem . O PS herdeiro de princípios democráticos que gosta de invocar, parece estranho.
António Costa, mostra assim que não tem um pingo de categoria e não respeita o protocolo do Estado Democrático. Fica bem na fotografia com as forças antidemocráticas PC e BE . Já ganhou tiques autoritários.
Mostra mais uma vez que não está ao nível de liderar nem o economato lá do partido.
Acima de tudo, foi uma falta de respeito para toda a nação Portuguesa.
...no dia 5 de Outubro de 2015 teria de imediato convocado todos os partidos com representação parlamentar. Com toda a paciência escutaria as suas queixas, remoques e anseios, dispensando-os para perante os factos, tomar uma decisão no mais breve prazo que me fosse possível. Dois dias teriam bastado.
Não deixaria o Sr. Costa à solta numa ostensivamente frenética actividade que não passa de um salvar da sua própria carreira. Consequentemente, daria uma vista de olhos pelo articulado constitucional e de imediato incumbiria o partido vencedor, o PPD, da formação de um governo* que tranquilizasse a opinião pública e os inefáveis credores e mercados.
Como estaria habituado a não beneficiar de qualquer tipo de contemporização por parte de quem me odeia, ou melhor, de quem me despreza com um esgar de classe, ficaria surdo a todos os comentários, campanhas televisivas e antenas abertas deste e de outro mundo.
Saberia que mesmo disposto a conceder a totalmente imerecida prenda salva-vidas à clara reserva mental do sr. Costa, dali não viria qualquer agradecimento que me deixasse terminar o mandato em paz. Em suma, não compactuaria com este autêntico golpe de Estado constitucional em que uma estrondosa e miserável derrota que o mundo inteiro testemunhou, se travestisse em escandaloso sucesso. Pedro Passos Coelho apresentaria o seu programa no Parlamento e caberia inteiramente às várias camorras a missão de o aprovar por inércia ou por liminarmente o rejeitarem. O ónus respeitaria a quem decidisse inviabilizar um governo minoritário, é certo, mas nem por isso ilegítimo. Se por desgraça fosse obrigado a futuramente apadrinhar o tal executivo contra-natura, exigiria publicamente e por escrito o solene compromisso do PC e do BE, reconhecendo algumas inevitabilidades que a actual situação portuguesa impõe:
1. A adesão à UE.
2. A manutenção de todas as alianças internacionais - militares e outras - em que Portugal se insere.
3. O Euro.
4. O estipulado pelo Tratado Orçamental.
Sem tais condições, nada feito.
Mas isso sou eu, um monárquico que considera a república como algo que deveria ter sido referendado há 105 anos.
* É, bem sei que seria impossível indigitar alguém antes da total contagem dos votos, coisa que apenas hoje se conclui. Contudo, ACS desde logo poderia ter dado indicações sem sofismas, impedindo este carnaval a que temos assistido. Isto denota excesso de formalismo, algo bastante insólito, dadas as circunstâncias. O que parece? Indecisão, medo, tibieza e pior ainda, "deixa andar". É isto, a república. Na defesa dos seus, nem o agente 00-Zero Sampaio chegou a este ponto.
Diz-se por aí que a PàF vai lançar uma última série de cartazes e de novo sem Passos, nem Portas. Uma campanha gráfica sem líderes, nem candidatos? Só figurantes?!!
Será que Passos e Portas têm medo de dar a cara nos cartazes? Terão vergonha? Embaraço? E a PàF não tem candidatos? As eleições são para escolher figurantes? Ninguém deles dá a cara?
Uma VERGONHA!
O primeiro-ministro decerto tem uma ideia do número de portugueses e luso-descendentes residentes em França e principalmente, sabe bem o que estes ataques significam para todo o ocidente. Assim sendo e para que não restem dúvidas, faça a sua obrigação, participando na manifestação do próximo domingo. Paris vale bem uma missa.
Após o meu post sobre este assunto, e tendo em consideração estes dois posts do Pedro Correia, bem como um outro post de Luís Menezes Leitão, pemitam-me apenas salientar um elemento que não terá ficado claro no meu post, mas que lhe subjaz: a humilhação a que Portugal foi sujeito ao fazer-se representar pelo Primeiro-Ministro e pelo Presidente da República em Timor. É que a este respeito estou de acordo com o Pedro Correia em toda a linha. Foi absolutamente humilhante estarmos representados ao mais alto nível, especialmente quando Brasil e Angola não estiveram. Distancio-me, assim, de alguns opinadores que talvez tenham estômagos de betão, caro Pedro. Mas é precisamente por sentir a humilhação, e atendendo à transformação da natureza da CPLP, que creio que devemos adaptar-nos aos novos tempos de forma a que possamos defender melhor os nossos interesses e não andar meramente a reboque de Brasil e Angola.
Fugiu das sete pragas do Egipto. Refastelado na garupa do camelo, pouco lhe custou a travessia do deserto, um penoso serviço para a besta de carga. A aproximação do apetecido oásis fez rejubilar o tranquilo transportado e dando carinhosas pancadinhas no pescoço do dromedário, foi-lhe dizendo: ..."quando chegarmos ao caravançarai, eu é que beberei a água e comerei as tâmaras. Tu vais para o estábulo!"
***
1. Não causa espanto algum, esta súbita afeição da direita parlamentar portuguesa, caridosamente em defesa de um António José Seguro inegavelmente usado e abusado por bem conhecidos correligionários. Todos sabemos que a derrota do passado domingo, também se deveu à persistente presença de gente claramente responsável pelo alijar de carga em 2011. Sócrates, Costa, Soares, Sampaio, Silva Pereira, Coelho e tantos outros, jamais permitiram o início de uma nova etapa num partido que antes de tudo, deveria ressurgir mais limpo perante um eleitorado cada vez menos crédulo de narrativas que não passam disso mesmo. Os sátrapas eleitoralmente depostos há três anos, marcaram de forma despiedada o percurso do dirigente escolhido numa hora que é sobretudo trágica para o país.
O PS não venceu folgadamente, porque a persistente presença do socratismo consistiu num arrogante, irreparável e deliberado erro.
A direita não devia imiscuir-se no oportunista repto lançado por Costa, pois isso denota algum receio. Mas que receio é este, senão o implícito reconhecimento da falta de coragem de agir, de ideias, de estratétgia que desmonte peça por peça este fetiche de um passado ainda muito recente? Tem a direita a necessária coragem para mostrar aquilo que Costa tem feito na edilidade que comanda? Mas o que Costa vai concretamente prometer aos portugueses, senão um mero render da guarda e mesmo esta feita, continuando com alguns elementos da actual maioria em exercício?
Pode a direita apresentar números, casos flagrantes, erros crassos, processos ínvios? Talvez não o deseje fazer, pois o regime baseia-se num contínuo jogo de aparências. Alijado Seguro, logo regressará a publicidade à volta do socratismo que o ambicioso alcaide inegavelmente representa. A direita não pode nem deve tomar partido na questão interna do PS, sob pena de estar a contribuir para criar aquela errónea sensação de Costa lhe causar algum medo ou incómodo. Muito pelo contrário, Costa convem-lhe, pois nada mais tem sido senão uma superstição que os buracos e lixo das ruas de Lisboa, malfeitorias, património demolido ou sonegado, descarado mau gosto e decisões erradas demonstram à saciedade. Se a direita ainda mantiver algum discernimento quanto às realidades, Costa serve-lhe e de preferência, acompanhado por Sócrates, Soares ou mais ou menos excelsas nulidades como Sampaio e demais colegas. Portanto, deve deixar correr o marfim e de preferência, abstenha-se nesta contenda.
Qual a mensagem insistentemente transmitida desde domingo? A de um partido sem uma única proposta credível a apresentar a um país desorientado e pasto de um combate de compadres gananciosos pelo mero exercício do poder. O apoio a uma moção de censura que é absolutamente estranha ao que o PS da Europa diz e defende, é disto a prova cabal. O que o ambicionado poder proporciona, isso já será algo bastante diferente.
2. No rescaldo daquilo que dadas as circunstâncias foi uma pequena derrota - a imprensa diz outra coisa, mas a realidade é bem diversa -, Pedro Passos Coelho disse algo de novo que à imensa maioria passou despercebido. Afirmou o 1º ministro que durante toda a sua vida foi um atlantista e partisan do aprofundamento das relações com a CPLP. Tudo isto é muito certo, pois decorre de uma tradicional política portuguesa de aproximação ao mundo que desvendámos à Europa, a tal política externa que balizou a posição de Portugal ao longo de mais de sete séculos e garantiu a nossa independência nacional.
No entanto, Passos Coelho afirmou algo mais, pois o seu descuidado discurso leva-nos a crer que agora, o único caminho é o da Europa à qual Portugal está inextricavelmente ligado. O que quer isso dizer? Nada mais, nada menos, senão o abandono da defesa dos nossos interesses mais imediatos - a ocupação efectiva do espaço marítimo reivindicado - e um esmorecer da vital colaboração com o Brasil, PALOP, Reino Unido e EUA. O único caminho pró- continentalista, abre o caminho à "mutualização europeia" do mesmo espaço marítimo que apresentamos como nosso nas instâncias internacionais. Um erro fatal, uma indecência política sem perdão. Embora tenhamos de reconhecer a fatuidade dos discursos da nossa classe política, há assuntos com os quais há que manter um extremo cuidado, pois se dentro de portas são praticamente inaudíveis, podem no estrangeiro servir como erróneos avisos.
1. Despedir Álvaro Santos Pereira é um erro, um disparate que a ninguém passa despercebido. Este homem é sério, bem educado e competente. Logo no início do mandato deste governo, tornou-se no alvo de todas as lenga-lengas vomitadas por uma imprensa que longe de ser independente, serve interesses bem identificados.
Quando tive o prazer de durante algumas horas ouvir o ministro falar acerca da situação portuguesa e sem qualquer rebuço responder a frontais questões colocadas por bloggers pouco dados a punhos de rendas, fiquei com uma excelente impressão de quem "não ia deixar o ministério para logo se estabelecer numa construtora". Quero acreditar que assim será. Fez um bom trabalho, incomodou quem há muito devia ter sido espoliado da autorização de esbulhar a população portuguesa. Em suma, ASP sai como entrou: honrado, decente.
2. O novo Ministro dos Negócios Estrangeiros não é um qualquer ex-jotinha. Sendo um reconhecido professor de Direito Constitucional e com um sólido conhecimento da história portuguesa, parece uma boa escolha para desempenhar as funções. Contudo, as notícias que agora surgem conotando-o com o escândalo BPN e BPP, são um factor absolutamente adverso e o 1º Ministro devia evitar quaisquer tipo de alegações que decerto não tardarão a surgir na SIC e satélites. Não perderemos por esperar.
O Costa das demolições bem pode parar de coçar a sua sarna camarária e preparar-se para o que aí vem.
Aqui está um tiro pela culatra*, coisa a que temos de nos habituar. Bem feitas as contas, para Seguro talvez tivesse sido melhor encontrar um provisório modus vivendi com Passos Coelho e Paulo Portas. O discurso belenense terá encavacado muito gente que já contava as favas das eleições de 2014. Pelo que se ouviu, o homem disse expressamente ..."até ao fim da legislatura". Se os coligados forem muito moderadamente espertos, acautelarão a sua aliança e farão o que há para fazer. O problema do trambolho Constituição, esse será um empecilho mais difícil de resolver.
Aí vem a guerra civil do até agora demasiadamente seguro Seguro. Com o Soares, Alegre, Sampaio e umas carantonhas que anteontem vimos a sair apressadamente do hemiciclo - quem eram? - à beira de um chelique, vai ser bonito, se vai!
* Pacheco Pereira bem precisa de uma dose cavalar de alka-selzer para esta noite, ou melhor, para as próximas semanas, senão meses.
Tudo pareceria de uma admirável limpidez se não fosse o momento escolhido para o discurso. Os Conselhos Nacionais dos partidos políticos têm sido reuniões à porta fechada, deles saindo apenas aquilo que as organizações pretendem que se saiba e em alguns casos, uma ou outra fuga de informação sem consequências, apenas alimentando a pequena chicana política.
Não foi o caso daquilo que ontem à noite se passou. O primeiro-ministro quis dizer em público o que pensava, evitando boatos e invenções achadas pela imprensa. Fez mal, foi inconveniente. Os outros parceiros nas negociações têm sido extremamente avaros nos comentários, limitando-os à cortesia dos bons dias ou boas tardes pronunciadas por gente circunstancialmente sorridente.
Passos Coelho nada disse de ofensivo, mas era desnecessária a marcação do terreno e a clara pressão sobre os interlocutores, precisamente quando aquilo que menos o país precisa é de um ajustar de contas ou pior ainda, daquele irresistível sair por cima que implica a derrota pública do outro.
Falem o menos possível e deixem os media coçarem-se com as tais micro-algas surgidas na Caparica. Provocam uma comichão danada, eu que o diga.
Não é demais repetir a tirada salazarista que esclarece aquilo que todos interiorizam: "em política, o que parece, é".
Toda esta crise de saídas e entradas irrevogáveis, coincide até ao insólito, com a desconfiança acerca do verdadeiro poder oculto pelas meras formalidades institucionais. Sendo a pagadora das crises, a Alemanha manda. Zanga-se quando vê ameaçada a sua liderança - e os seus créditos - e exulta aquando do regresso ao caminho julgado como o único. Até Mário Soares disso tem a certeza, pois recordar-se-á dos prestimosos serviços pelos alemães prestados ao seu partido e mais importante ainda, aos seus governos.
Pelas reacções daqueles que não elegeram Cavaco Silva, dir-se-ia estarmos perante gente que não faz a menor ideia daquilo que é e deve ser uma república. O presidente eleito, inevitavelmente está comprometido com aqueles que lhe ofereceram o cargo, não havendo lugar para recônditos desejos de nele verem um sucedâneo de monarca sem coroa. Desiludam-se. Cavaco será tão Cavaco, como Sampaio foi imensamente Sampaio para gáudio dos seus e desespero dos demais.
Bem pode o ersatz de presidente Hacha proceder aos contactos que bem entender, pois estes cabem à justa nas suas incumbências de sofrível e provisório jarrão decorativo. Neste caso, faz muito bem em aconselhar o acato do insuportável. Se por maldição da Nossa Senhora da Muxima decidir o contrário daquilo que Berlim dele espera, quem pagará são aqueles que não recebem um salário estranho à profissão que desempenham. Na mente dos portugueses, apenas resta a certeza da eficácia de uma meia dúzia de telefonemas vindos de Berlim. O PP volta ao redil, o PSD suspira de alívio e ao PS aconselha-se um prudente saber esperar. Quanto aos outros, são dados fora do copo.
Já agora, aproveitem as atenções internacionais distraídas pela situação no Egipto.
* Por: Mário Quartin Graça - Convidado do "Estado Sentido"
Quem tivesse assistido, com alguma desatenção, à comunicação que no sábado o presidente do PSD fez ao País, ficaria convencido de que, nessa guerra aberta entre os dois líderes políticos, tinha havido um vencedor, Pedro Passos Coelho, e um vencido, Paulo Portas. O primeiro, ufanando-se de ter sabido contornar as dificuldades, chegar a um acordo sólido e de longa duração, garantindo até uma coligação do PSD e do CDS para as eleições europeias de 2014. O segundo, quedo e mudo, com um ar de cansado, derrotado, humilhado – ou, para alguns observadores, envergonhado.
No entanto, nada mais enganoso. Para tentar garantir a continuidade da sua governação, Passos Coelho entregou a Paulo Portas, além da vice-presidência do Governo, tudo o que mais importa ao presente e ao futuro do País: a coordenação económica, as negociações com a “troika”, a reforma do Estado. No entanto, para que não parecesse que tinha sido completamente vencido por K.O. , Passos Coelho exibiu um troféu conquistado neste torneio: a manutenção de Maria Luís Albuquerque como ministra das Finanças. Mas, pergunto eu, terá sido uma vitória, ou terá sido transformar o até à data omnipotente ministério das Finanças num mero escritório de contabilidade, a fazer as contas das decisões de Paulo Portas na sua tripla função e a encaixá-las no orçamento do Estado, tornando assim a ministra numa obediente “manga de alpaca” de luxo, às ordens, embora indirectamente, do vice-primeiro-ministro, não vá ele bater de novo com a porta se as coisas não correrem a seu jeito?
Ao ceder em toda a linha a Paulo Portas, Passos Coelho corre o risco de dar ao seu vice todos os trunfos e méritos se as coisas começarem a correr melhor no plano económico, social e financeiro. Portas passaria a ser o “herói” desta coligação, e Passos continuaria a ser o “vilão”. Ou será que, maquiavelicamente, sabendo que pouco ou nada poderá dar certo, dada a enormidade da crise, Passos Coelho deu de bandeja a Paulo Portas uma enorme pira de lenha para ele irremediavelmente se queimar, tentando salvar-se a si próprio, tanto quanto possível, no meio dessa hecatombe?
Já agora, no caso de o Presidente da República fazer fé na viabilidade e solidez deste acordo, permito-me dar um conselho ao vice-primeiro-ministro: obrigue a que o pagamento do subsídio de férias seja pago ainda este verão. Ainda há tempo para isso e seria um primeiro sinal de que, de facto, alguma coisa irá mudar, para melhor.
MÁRIO QUARTIN GRAÇA
«Quem queria eleições legislativas antecipadas, afinal?
A maioria dos portugueses não queria e não quer, como revelou recentemente uma sondagem.
António José Seguro tinha e tem de dizer que queria e quer -- poderia dizer outra coisa? -- mas duvido que na realidade esteja com muita pressa. Por todas as razões e mais alguma, este ainda não é o seu momento.
Havia apenas uma minoria que genuinamente queria e quer eleições o mais rapidamente possível, custe o que custar. Essa minoria, por ironia, ou talvez não, pertence toda ao PSD. São os inimigos de longa data de Passos Coelho. Como a realidade confirmou, estes eram os únicos que queriam genuinamente eleições, independentemente das suas consequências para Portugal. O seu ódio é tão grande que estão disponíveis para sacrificar o interesse nacional. No fundo, também eles andam sempre com a boca cheia de sentido de Estado e de interesse nacional, mas tudo isso passa para um plano secundário se se conseguir afastar Passos Coelho, custe o que custar, incluindo a Portugal.»
«Ponto da Situação»: Paulo Gorjão, no Bloguítica.
Enquanto isso, no Portugal dos adultos, o business é outro: a balança comercial portuguesa registou um excedente no primeiro quadrimestre deste ano, algo que não acontecia desde 1943. Mais uma boa notícia, entre outras que indiciam que a Economia portuguesa já bateu no fundo e que está a começar, muito lentamente, a reemergir - apesar de tudo. Suponho que para alguns isto sejam más notícias.
Pela mão da jornalista da Lusa Isaltina Padrão ficámos hoje a saber que Pedro Passos Coelho «apresentará a "cidadãos" e "investidores" uma nova forma de executar o seu Governo». Pensámos que o humor negro tivesse acabado ontem mas eis que, de novo, ele hoje continua.
Passos declarou textualmente:
"Estou confiante que vamos apresentar brevemente aos cidadãos e aos investidores uma maneira diferente de executar o Governo, assegurando a estabilidade política". Ficámos esclarecidos: as execuções continuam.
Queres sinceridade, ó Pedro? Quando o filme é muito mau - e este é - eu saio logo ao intervalo. Ou até antes mesmo se for possível. Pena é não devolverem o preço do bilhete aos muitos portugueses que o compraram. Não foi, felizmente, o meu caso. Comigo obrigaram-me a assistir ao filme à força.