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É preciso enterrar el-Coelho
é preciso dizer a toda a gente
que o empassado já não pode vir.
É preciso quebrar na ideia e no governo
a troika fantástica e doente
que alguém trouxe numa legislatura
Eu digo que está em marte.
Não deixai em paz el-primeiro Passos
deixai-o no desastre e na loucura.
Sem precisarmos de sair do ponto
temos aqui à mão Seguro e a terra da aventura.
Vós que trazeis por dentro de cada gesto autárquico
uma cansada humilhação
deixai falar na vossa voz a voz do eleitor
cantai em tom de grito e de protesto
matai dentro de vós el-Coelho redentor
Quem vai tocar a rebate os sinos de Portugal?
Poeta: é tempo de um cunhal por dentro da canção.
Que é preciso bater em quem nos bate
é preciso enterrar el-Passos vingador
(variação do poema de Manuel Alegre - Abaixo el-rei Sebastião)